O mercado de live commerce e vídeo em shopping: as apostas da NRF
Com o foco em shopping, diversas marcas trouxeram pontos de vistas diferentes sobre o poder desse formato na jornada do consumidor
Com o foco em shopping, diversas marcas trouxeram pontos de vistas diferentes sobre o poder desse formato na jornada do consumidor
19 de janeiro de 2023 - 9h49
O mercado de live commerce, vídeos e de criadores de conteúdo também foi tema em algumas sessões na edição de 2023 do NRF Retail’s Show. Com o foco em shopping, diversas marcas trouxeram pontos de vistas diferentes sobre lives, o poder do vídeo e dos influenciadores durante a jornada do consumidor.
O vídeo foi destacado como o próximo – e inevitável – componente do envolvimento dos consumidores digitais e físicos. Muito se falou também em sites que oferecem experiências de ‘lojas físicas’, ao conectar vendedores e potenciais consumidores que interagem com seus produtos nas vitrines digitais. É um tema que levanta questões importantes, como os papéis-chave dos conteúdos em vídeo e dos nano influenciadores (com menos de 10 mil seguidores) na entrega de mais personalização para os clientes. Além disso, o vídeo pode exercer uma função significativa na adoção da omnicanalidade dos varejistas ‘híbridos’.
Destacou-se também o desafio de pegar algo que é historicamente um tanto estático – como no ambiente digital em que temos somente imagens – e criar uma experiência centrada em vídeos de compra, vídeos curtos e transmissão ao vivo. Em uma das palestras, vimos a estratégia de lançamento da coleção da marca Jacob Hawkins com a Barbie. Esse lançamento aconteceu no Roblox, a plataforma de games 3D que permite ao usuário tanto jogar as produções de outras pessoas, quanto criar a sua própria, permitindo que seu avatar use a mesma roupa da loja física, gerando uma junção on e offline.
Além disso, se pensarmos nos EUA, 96% das transações digitais do consumidor ainda ocorrem em um site ou aplicativo. E isso não está acontecendo em um super aplicativo e não ocorre em um aplicativo social, segundo Jason Holland, CBO da Firework, em outra conferência. Ele ressaltou ainda o grande foco da indústria em construir tecnologias que permitam, por exemplo, transmissões ao vivo de vídeos curtos para compra em tempo real. Nesse processo, os influenciadores devem ganhar mais e mais importância.
Buscar uma estratégia clara para essas iniciativas é fundamental. Para isso, um importante canal pode ser o uso de parcerias que permitam às marcas aumentar alcance, e conversar com os principais clientes não apenas no lugar certo, mas também na hora certa e passando a mensagem certa – aqui, com atenção para a maneira que os clientes desejam receber a mensagem em seu ambiente.
Por fim, como citado nos exemplos anteriores, ficou evidente que há uma grande atualização nos formatos de vídeo para o varejo físico, de forma a oferecer a experiência ao cliente enquanto ele caminha pelos corredores. E ainda oferecer aquela jornada personalizada que você pode utilizar em vídeos curtos de compras e venda ao vivo.
Realmente, há um futuro para vídeos e live commerce que, acredito, ainda tem um caminho a percorrer nos mercados globais – com exceção da Ásia, que está em outro momento. No Brasil, vejo muitas iniciativas já acontecendo, mas vi bons highlights para analisarmos e implementarmos de acordo para a necessidade do nosso consumidor local.
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