Como a IA está transformando a conexão com o consumidor
O coração do varejo sempre foi conectar produtos e serviços às necessidades e aos desejos dos consumidores. A IA será um facilitador dessa conexão.
O coração do varejo sempre foi conectar produtos e serviços às necessidades e aos desejos dos consumidores. A IA será um facilitador dessa conexão.
9 de janeiro de 2025 - 6h00
O varejo é uma das formas mais antigas e essenciais de comércio, sendo parte fundamental da história das interações humanas e do desenvolvimento econômico. Desde as primeiras civilizações, pessoas negociavam produtos básicos, como alimentos, tecidos e utensílios, em mercados locais, feiras e bazares. Na Idade Média, o varejo se consolidou em mercados centralizados, muitas vezes em praças públicas ou perto de igrejas. Com o avanço da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, o varejo passou por uma transformação radical. O surgimento de lojas de departamento e supermercados trouxe um novo padrão de consumo, oferecendo maior variedade de produtos em um único local e criando o conceito de “autoatendimento”.
O varejo permanece, acima de tudo, uma atividade centrada nas necessidades humanas e nas relações entre pessoas. Seja no passado ou no presente, o coração do varejo é o mesmo: conectar produtos e serviços aos desejos e necessidades dos consumidores.
Hoje, o varejo combina tradições antigas com tecnologias modernas. As lojas físicas desempenham um papel fundamental, e o comércio eletrônico, os marketplaces e as experiências omnichannel ganharam destaque. A personalização, conveniência e sustentabilidade são exigências dos consumidores.
A era digital transformou radicalmente todas as indústrias e segmentos, impulsionando a busca por soluções inovadoras que otimizem processos, personalizem a experiência do cliente e maximizam margens e o lucro. A Inteligência Artificial (IA) emergiu como a tecnologia que promete revolucionar todos os setores, oferecendo ferramentas poderosas para analisar dados, prever tendências e tomar decisões mais assertivas.
No entanto, após o hype inicial, as empresas estão cada vez mais exigentes, buscando soluções de IA que gerem resultados concretos e tangíveis. Afinal, a IA não será apenas uma moda passageira, mas sim um conjunto de ferramentas que, quando aplicadas corretamente, poderão transformar um negócio e irão moldar o futuro dos setores da economia.
A inteligência artificial deixou de ser uma promessa distante para se tornar uma realidade presente no dia a dia de muitos varejistas e, em breve, será como a eletricidade: estará em praticamente todos os lugares e setores da economia.
No entanto, os varejistas devem focar seus esforços para aplicar a IA a fim de resolver problemas reais, gerando ganhos práticos, e não apenas aplicar a IA apenas para testar, pois, sem objetivos claros, isso poderá ser um desperdício de energia, foco da equipe e dinheiro.
Podemos destacar quatro exemplos de aplicação prática da IA, que já tem beneficiado centenas de varejistas e, seguramente, poderá auxiliar na melhora da percepção dos clientes e, consequentemente, das margens e dos lucros das empresas:
Personalizar a experiência do cliente: através da análise de dados de compra e comportamento, a IA permite criar ofertas e recomendações personalizadas para cada pessoa, aumentando o engajamento e a fidelidade.
Otimizar o estoque: com a IA, é possível prever a demanda com maior precisão, reduzindo o excesso de estoque e evitando rupturas.
Melhorar a eficiência operacional: a automação de tarefas repetitivas e a otimização de processos logísticos liberam os colaboradores para se concentrarem em atividades de maior valor agregado.
Otimizar os preços: a IA permite definir os preços ideais para cada produto, bem como o momento adequado de reduzi-los e de executar promoções, maximizando os lucros e garantindo a competitividade.
A importância de parcerias estratégicas
Para aproveitar todo o potencial da IA, os varejistas precisam focar em parceiros tecnológicos confiáveis que ofereçam soluções completas e personalizadas. É fundamental buscar empresas que inovem continuamente e, principalmente, que tenham formatos de negócio que atualizem seus modelos de IA e as suas funcionalidades regularmente, já que, quando falamos nessa tecnologia, a evolução será cada vez mais aprimorada e rápida.
É importante ter em mente que o sucesso da IA passa por parceiros que oferecem suporte contínuo, atualizações frequentes, segurança dos dados e treinamento para suas equipes, bem como da criação de uma cultura orientada por dados na companhia. Isso é especialmente importante em um cenário onde o conhecimento técnico e a capacidade de interpretar os insights gerados pela IA são diferenciais competitivos fundamentais.
Sabemos que o varejo é tradicionalmente nervoso e altamente oscilante, pois acompanha as variações econômicas, mudanças do comportamento do consumidor e sofre influência de fatores imprevisíveis, como até casas de apostas eletrônicas. É neste cenário altamente volátil que os executivos dos varejistas exercem suas habilidades e sua criatividade, construindo métodos e estratégias para manter as margens preservadas, os custos e despesas ajustados, levando inovação, bom atendimento e produtos que conversem com a necessidade de seus clientes, para manter seus negócios longevos e sustentáveis economicamente.
Neste ano, o maior desafio dos executivos será conciliar o dinamismo do varejo, os desafios da macroeconomia e a escolha dos seus parceiros de apoio tecnológico para que, juntos, possam correr para o futuro promissor que a tecnologia poderá adicionar a este segmento tão fascinante.
O objetivo final sempre será de encantar os consumidores, atendendo aos seus desejos e necessidades com produtos e serviços construídos para eles. A IA será uma poderosa ferramenta para facilitar essas conexões. Nós nos vemos em breve…No futuro!
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