Dados e tecnologia: as tendências que estarão na moda da Guess
Bruce Yan, VP de retail da marca, explica a evolução do uso de ferramentas para o desenvolvimento de suas estratégias junto aos consumidores
Bruce Yan, VP de retail da marca, explica a evolução do uso de ferramentas para o desenvolvimento de suas estratégias junto aos consumidores
Valeria Contado
14 de janeiro de 2025 - 12h47
Estar atualizado é um dos princípios fundamentais para quem trabalha com moda. A cada década é possível perceber tendências que tomam conta das passarelas e das ruas no mundo.
Neste momento, itens como calça cintura baixa, ou com a barra mais larga, voltaram a figurar nos guarda-roupas das it girls. Em outras ocasiões, calças skinnys ou coloridas eram os principais acessórios das personalidades que ditavam tendências.
Esse princípio se aplica a outros itens que permeiam o mundo da moda, seja ele um acessório, um corte de blusa, ou mesmo uma estratégia de comunicação e conexão com os consumidores.
Assim como o segmento, uma varejista de moda também precisa estar sempre antenada às tendências do mercado e à tecnologia. Não é de hoje que um banco de dados bem alimentados pode fazer a diferença na hora de fidelizar um cliente.
Bruce Yan, VP de retail aplications da Guess, explicou duranteum dos paineis realizado nessa segunda-feira, 13, na NRF, que é preciso gerenciar essa base com objetivo de mapear o relacionamento com os clientes e dar sentido a isso. Esse processo pode ser feito do ponto de vista tecnológico ou empresarial.
“Os dados sempre estiveram lá. Precisamos gerenciá-los. Noo mundo da microestratégia, eles forçam você a ter certeza do que está fazendo. É preciso dar sentido a isso de um ponto de vista tecnológico e empresarial.”, afirmou.
Outro ponto relevante para a Guess foi a ampliação do trabalho com nuvem, que, para Yan, torna a vida dos profissionais mais fácil, já que nela é possível organizar diversas informações.
A IA generativa deve ser o grande nome para a varejista de moda neste ano. Essa é a trend que começa a ser trabalhada para amplificar a experiência e a personalização, levando em consideração o perfil de cada cliente.
“Acredito que estamos à beira de algo grande. No primeiro trimestre do ano passado, trabalhamos com a Microsoft para experimentar essa tecnologia. Agora somos capazes de começar a fazer perguntas para a IA e obter diferentes insights”, disse. O VP exemplificou que algumas dessas perguntas são direcionadas para o sentimento do cliente durante a compra e o que gerou mais conversões.
Por isso, para ele, é importante aliar as diferentes ferramentas unindo os dados, com organização em nuvem e a agilidade da inteligência artificial. A combinação dessas tendências pode ajudar no desenvolvimento de uma estratégia mais assertiva.
Por fim, pensando no futuro, Bruce acredita que a personalização será a palavra para 2025. Criar experiências de marca com base nos desejos e anseios dos clientes pode facilitar a criação de um relacionamento, inclusive, emocional.
“Realmente são necessários diferentes pontos de contato onde os clientes possam ter uma conexão emocional com nossa marca. Não apenas no lado dos dados, mas vocês de forma holística”, avaliou.
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