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De 12 a 14 de janeiro de 2025 I Nova York - EUA
NRF

Do Buzzword à realidade

A jornada da inteligência artificial no varejo


13 de janeiro de 2025 - 9h34

Estou escrevendo esse artigo no final do primeiro dia do congresso da NRF, e após ter acompanhado diferentes painéis, os recortes sobre inteligência artificial são inevitáveis.

Aliás a abertura do evento com foi Azita Martin Vice President e General Manager, Retail & CPG da NVIDIA que definitivamente desbancou o conceito de IA como “buzz word” e trouxe para a audiência a visão clara sobre aplicabilidade da inteligência artificial em diferentes verticais do varejo.

Claro, que as potenciais aplicações já vinham sendo debatidas ao final de 2023 com a explosão do chat GPT e na edição da NRF 2024, que se desdobrou durante todo o ano. Mas, nesse momento ouvimos objetivamente a importância do investimento em infraestrutura, em captação de dados de forma assertiva e na modelagem correta para que aí sim, a inteligência artificial contribua para o negócio.

A ambição é que a IA ajude a entregar o que talvez seja o maior desafio do varejo: a personalização. Não, não estamos falando de colocar o nome do cliente em uma camiseta. Estamos falando em ofertas realmente adequadas ao perfil, desejo e necessidade do cliente.

Assim, já emendando com esse contexto, assisti Amy Barnett VP de Loyalty and Digital Experience da Cracker Barrel, uma cadeia americana de restaurantes e lojas de presentes com o tema country do Sul dos EUA. Ela está há 18 meses na empresa e foi categórica em dizer que existe muito trabalho de base/fundação, antes de que a empresa possa efetivamente se beneficiar da inteligência artificial.

Em sua fala valorizou fortemente o digital design, que impacta não só na experiência do cliente, mas, na conversão, e na captação correta de dados pela empresa.

No painel com VP´s de tecnologia da Starbucks e Levi´s a discussão foi sobre transformação digital. Estranho não é mesmo? Parece que é um tema muito antigo. Mas, eles falaram da jornada, da importância da persistência, das barreiras transpostas e como focaram para fazer dar certo. Hoje 40% das transações da Starbucks vêm do digital.

A Deb Hal, acredita que esses avanços digitais apoiarão a Starbucks a retomar o posicionamento de unicidade na mente e corações dos consumidores. Já o Jason Gowans da Levi´s destacou o impacto positivo na estratégia de expansão por lojas próprias.

Claro, que todos citaram a importância de persistir, ter bons parceiros, investir em times. Mas, o principal destaque foi sobre manter o foco no desejo do cliente e em sua maturidade digital. E, não é olhando o cliente de ontem, mas sim, as gerações Z e Alpha.

Ainda tem muito mais para ver de NRF. Vamos em frente!

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