Experiência, automação e ultra customização são o futuro do varejo
Dentre os principais insights, destaco aqui, a convite do M&M, alguns que dialogam muito com o momento que vive o mercado e o nosso mercado brasileiro também
Dentre os principais insights, destaco aqui, a convite do M&M, alguns que dialogam muito com o momento que vive o mercado e o nosso mercado brasileiro também
19 de janeiro de 2024 - 16h09
Acompanhar as discussões da NRF foi mais uma vez enriquecedor para quem trabalha no mundo do varejo e do consumo. Escrevo direto de Nova Iorque, onde estamos acompanhando essa que já é a maior feira internacional de varejo, organizada todos os anos pela National Retail Federation, e é de fato um grande show.
Foram mais de 40 mil participantes de aproximadamente 180 países e mais de 1.000 expositores. O evento impressiona, mesmo. Neste ano, os assuntos que dominaram as conversas foram principalmente Inteligência Artificial, é claro, uso de dados e retail media.
Dentre os principais insights, destaco aqui, a convite do M&M, alguns que dialogam muito com o momento que vive o mercado e o nosso mercado brasileiro também.
Primeiro de tudo, a Inteligência Artificial, em especial a generativa, e sua aplicação real no varejo. Queridinha da vez, a IA já está sendo utilizada em processos como precificação, supply, geração de conteúdo, atendimento ao consumidor, promoções, CRM, entre outras coisas. São incontáveis as aplicações. E o uso massivo desta ferramenta pode resultar, principalmente, em ganho de eficiência das operações e personalização da experiência para os clientes. Experiência é a palavra da vez no físico e, sobretudo, no online, onde navegamos com o Mercado Livre.
Hoje, o contexto favorece a aceleração da IA. O grande volume de dados existentes, a capacidade de armazenagem e de ultraprocessamento pintam um cenário bastante positivo para que o setor seja revolucionado nos próximos anos – e, por que não, meses.
Mas há que se fazer a ressalva de que a IA não vai resolver a vida de todo mundo assim tão fácil, tão de repente. Antes, as empresas precisam desenvolver competências e focar na organização dos dados para poder operá-la de maneira efetiva.
Retail media não saiu da pauta, foi bastante falado nesta edição da NRF. Discutiu-se como o varejo está cada vez mais orientado para ampliar o portfólio de serviços e oportunidades de monetização, personalização e rentabilização.
As marcas, por sua vez, estão cada vez mais convencidas da potência e da performance de retail media, e os investimentos neste segmento vêm tomando grandes proporções.
A estimativa, segundo a e-marketer e a BTR Varese, é de que em 2023 este mercado tenha alcançado uma receita de 46 bilhões de dólares nos Estados Unidos, com um crescimento de 22% na comparação com 2022. No Brasil, o cenário não é diferente.
A feira em Nova Iorque também nos apresentou um varejo físico muito preocupado em aumentar a sua eficiência através de automatização de processos por um lado, e, por outro, cada vez mais comprometido com a sua missão omnicanal, ampliando o papel da loja através da inclusão de oferta de serviços, usando-a como hub logístico e como canal de mídia.
Um consenso é claro: os próximos anos virão acompanhados de um aumento da complexidade na gestão dos negócios. Saio com a sensação de que falamos menos de tendências e mais do hoje. Com as dinâmicas de mercado cada vez mais intensas e rápidas, o comportamento do cliente nos demanda escuta atenta e agilidade para testar e mudar o jogo rapidamente.
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