Assinar
De 12 a 14 de janeiro de 2025 I Nova York - EUA
NRF

IA: e aí? Não se fala de outra coisa por aqui

Todo mundo esperava que as palestras fossem dominadas pelo tema da Inteligência Artificial. O que, de fato, aconteceu


13 de janeiro de 2025 - 11h46

O primeiro dia da NRF 2025, neste domingo, não trouxe surpresas. Todo mundo esperava que as palestras fossem dominadas pelo tema da inteligência artificial. O que, de fato, aconteceu.

Da primeira sessão, com Azita Martin, VP da Nvidia, até a última, protagonizada pelo Doug Herrington, CEO global da Amazon Stores, a IA esteve presente, não apenas na teoria, mas com exemplos práticos, observados no varejo americano.

Não tem dúvida. Das digital twins, criadas para 1.700 lojas pelo Walmart para otimizar a operação de lojas até o sistema antifraude da Amazon, passando pelo suporte aos baristas da Starbucks e o sistema de precificação dinâmica da C&A no Brasil, a inteligência artificial está na ordem do dia.

Isso não significa que pessoas de carne e osso se tornaram dispensáveis no varejo. Ao contrário. As lojas físicas também estão em alta, porém não funcionam mais como simples pontos de venda. São locais de experiências, serviço, vendem o conceito da marca e, principalmente, permitem a interação humana entre clientes e funcionários de loja. Falar e ser ouvido por gente de carne e osso, nos dias de hoje, é um diferencial muito apreciado nestes complicados tempos de relações digitais.

A propósito, na palestra sobre as novas gerações (Z to Alpha: Redefining retail for tomorrow), Winnie Burke, head de varejo e parcerias da Roblox, mandou na lata: “relatability is the new loyalty “. Em bom português, é a capacidade de promover conexões com a marca que importa. Ela está coberta de razão.

O foco dos varejistas deve estar no engajamento das pessoas com as marcas. Isso vai acontecer pela soma de diferentes fatores: propósito claro e ação coerente, lojas físicas envolventes, colaboradores estimulados e comprometidos, comunicação direcionada e produtos relevantes. A venda é consequência.

Vai ficando cada vez mais claro: varejo não é mais o que era antigamente. E o papel da tecnologia, como viabilizadora de uma estratégia centrada no cliente, será essencial.

Para terminar, uma constatação. Ao final de cada palestra, uma enxurrada de resumos, em português, do conteúdo recém apresentado invadia os grupos de whatsapp do pessoal aqui em Nova Iorque. Obra da inteligência artificial, capaz de ouvir, sintetizar e traduzir em tempo real o que estava sendo falado.

Prova de que a IA predominou neste primeiro dia do Big Show da NRF não apenas nos palcos, mas na plateia também.

Publicidade

Compartilhe