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IA generativa no varejo

A chave para a sobrevivência e crescimento do varejo brasileiro em um cenário desafiador


9 de janeiro de 2025 - 6h00

Gerir empresa no Brasil é uma tarefa desafiadora, com elevada carga tributária, burocracia, infraestrutura e sistemas logísticos muitas vezes precários, que tornam oneroso o ambiente de negócios. O varejo enfrenta adversidades adicionais tanto para o crescimento quanto para a sustentabilidade das operações. Um exemplo disso é que, na última década, a dinâmica de abertura e fechamento de lojas revelou uma média alarmante: para cada 10 novas lojas abertas, 6 são fechadas, evidenciando sua vulnerabilidade. A concorrência intensa e as margens de lucro reduzidas impõem uma pressão constante sobre os varejistas, que precisam buscar soluções inovadoras para se manterem eficientes e rentáveis.

A Inteligência Artificial Generativa (IAG) surge como uma solução promissora, com aplicações que vão desde a personalização de recomendações, gestão de estoque, geração automática de descrições de produtos, otimização de operações até, e especialmente, melhoria na experiência do consumidor. Nos Estados Unidos, por exemplo, Amazon e Walmart já incorporaram a IA Generativa em seus sistemas de recomendação e gestão de inventário, o que aumentou a eficiência e proporcionou aos consumidores uma experiência mais personalizada e ágil.

No Brasil, o estudo “A Inteligência Artificial no Varejo”, da Central do Varejo (2024), mostrou que 47% dos varejistas já usavam IA. Dentre os que ainda não usam, as principais barreiras são a falta de conhecimento (52%), falta de infraestrutura (26%) e dúvidas sobre o retorno sobre investimento (25%). Mesmo dentre os que já usavam, as aplicações ainda estavam muito centradas em marketing e vendas, e o investimento ainda era bem modesto – 56% gastavam até R$ 10 mil por ano.

O ponto é que, no caso dos varejistas que estavam usando, já foi possível notar aumento de eficiência (84%), redução de custos (42%), melhorias na satisfação do cliente (39%) e aumento nas vendas (36%). E sabemos que o impacto da IA pode ir muito além do aumento das vendas, tendo um papel fundamental na redução de custos operacionais e no aprimoramento da logística, tornando o negócio mais sustentável.

O varejo brasileiro precisa, urgentemente, ir além das soluções tradicionais – e até dos conhecidos chatbots – para incorporar tecnologias de ponta, como a IA generativa. Não é inovar por inovar, mas, sim, uma estratégia de sobrevivência. Para isso, é fundamental um mindset data driven. A gestão e tomada de decisão baseada em dados cria o ambiente favorável para que a implementação das IAs adicione ainda mais valor à operação. É crucial que o varejista escolha parceiros estratégicos desde a gestão de banco de dados até a implementação das camadas que trazem a IA Generativa.

Muito mais do que uma tendência, a Inteligência Artificial é uma realidade oportuna para resolver os principais desafios do mercado. Quem souber utilizar melhor essas tecnologias, certamente se destacará, criando vantagens competitivas sustentáveis e garantindo sua relevância no presente e futuro do varejo, especialmente em um mercado tão desafiador como o brasileiro.

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