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NRF 2024: Inteligência artificial continua como “necessidade” neste ano no varejo

As discussões sobre o tema devem continuar em 2024, mas não podemos esquecer da importância do omnichannel, do Live Commerce e muito mais


12 de janeiro de 2024 - 14h49

A inteligência artificial (IA) solidificou o seu status como o grande tópico do varejo nos últimos dois anos e não posso deixar de notar a abundância de discussões sobre o assunto na NRF 2024. Essa discussão faz bastante sentido considerando a versatilidade da IA em termos de aplicações no comércio e o seu potencial, mas a minha esperança é que, nessas conversas, nós possamos ouvir uma multiplicidade de novas ideias e implicações para o setor varejista, além do que temos escutado, como merchandising, busca inteligente e personalização.

Participar de conferências nos auxilia a ampliar os pensamentos e entender o que os varejistas compartilham como novas aplicações para tecnologias existentes e novas. Mal posso esperar para que isso ocorra nas diversas sessões de IA previstas na agenda da NRF. Por outro lado, espero e me pergunto se o metaverso deve voltar à pauta das conferências nos anos futuros, quando toda a Geração Z e a maioria da Geração Alpha estiverem à frente das suas famílias, liderando consistentemente as decisões de compra.

Outros tópicos com forte presença na NRF 2024, que provaram ser perenes ao longo dos anos, incluem estratégias de compras em lojas físicas e online, Retail Media e dados e análises mais profundos. As sessões omnichannel do ano passado marcaram duas eras, uma recente e outra antiga, que poderiam ser discutidas conforme originalmente pretendido (como implementar tecnologia nas lojas, como implantar com sucesso uma estratégia ‘phigital’), em vez de destacar estreitamente exemplos de retirada no local necessitados pela pandemia.

Neste ano, espero uma continuação das contemplações sobre tecnologia nas lojas e estratégias ‘phigital’ e gostaria de ver exemplos nos quais a ferramenta alivia desafios reais enfrentados pelos consumidores em comércios físicos. Surpreendentes 81% dos consumidores em nossa pesquisa Connected Retail nos disseram que preferem comprar de varejistas em canais online e offline. Assim, a tecnologia que os lojistas implementarem deve conectar com sucesso ambos os pontos para o cliente de hoje.

Quanto às redes de Retail Media, estou curiosa para saber o que as marcas pioneiras estão fazendo agora que tantas outras as alcançaram – como estão impulsionando a inovação nesse espaço? Qual é a próxima
fronteira quando você foi um dos primeiros nessa área?

A maioria das conversas da NRF sobre dados é inerentemente também de IA, pois eles são referenciados como a entrada chave para essa área, mas há também alguns bate-papos que os mencionam, sem IA, como a porta de entrada para uma experiência de cliente de primeira linha. A missão singular que eu continuamente enfatizo é a importância de aproveitar as percepções do consumidor para inovar, então minha esperança é que a maioria dos dados destacados nessas sessões seja sobre a sua percepção, ou seja, algo mais comportamental do que demográfico.

Além das sessões de IA e de redes de Retail Media, estou especialmente animada pela conversa sobre Live Commerce, que continua sendo um tópico fascinante, pois vimos amplos exemplos de seu sucesso, mas ele ainda não se tornou uma plataforma consistentemente oferecida. Também admiro que a loja do TikTok faça parte dessa agenda, já que a rede social tem sido valiosa para muitas marcas, sem que elas criem ativamente seu próprio conteúdo.

Por fim, vou apresentar uma sessão chamada “O que os varejistas podem aprender com a experiência digital da Domino’s”, com o VP de Experiência Digital e Fidelidade da companhia, Mark Messing, onde discutiremos algumas das estatísticas mais interessantes de nosso relatório Anual Connected Retail e como a empresa de pizzas conseguiu se manter na vanguarda da inovação no varejo ao longo de muitos anos.

Através dessa nossa pesquisa, descobrimos que as pessoas se ajustaram totalmente e se adaptaram às pressões inflacionárias, buscando os melhores preços sem sacrificar a qualidade. Nosso estudo também revelou que os smartphones são a plataforma preferida, embora ainda haja espaço significativo para mais aplicativos serem baixados e usados regularmente. Em todos os canais, os consumidores desejam os caminhos mais convenientes para a compra e querem que os varejistas sejam omnichannel para facilitar essa conveniência. Há também insights interessantes de IA e IA generativa no relatório que ajudarão no planejamento de investimentos.

Assim, enquanto navegamos pelas incertezas do amanhã, precisamos abraçar e focar no presente para tentarmos entender o futuro da inovação e do varejo através da IA, do mundo ‘phigital’, do Live Commerce e muito mais. Afinal, transações não são apenas uma compra, mas uma experiência entrelaçada de forma transparente no tecido do que está por vir do nosso varejo conectado.

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