NRF 2024: Personalização e experiência do cliente no centro

16 de janeiro de 2024 - 14h39

Como já era esperado, a NRF 2024 começou com tudo, marcada por recordes superados, apresentação de dados inéditos, a presença de renomados players e palestrantes, fomentando debates instigantes sobre as tendências que devem movimentar o varejo neste ano. Uma coisa é certa: foi dada a largada e o palco está montado para impulsionar o setor em 2024 com entusiasmo e perspectivas promissoras. O evento começou no último domingo e poder acompanhar de perto os insights e as ministrações de executivos e especialistas das principais varejistas do mundo foi extremamente enriquecedor. Sem delongas, vamos aos destaques do primeiro dia.

A abertura do evento ficou por conta da Michelle Gass, CEO da Levi Strauss & Co., que trouxe insights importantes sobre sua atuação profissional e como vem transformando e moldando uma empresa centenária para as próximas gerações. Gostaria de complementar que, nesse processo, investir em tecnologias emergentes e aprimorar produtos e serviços, compreendendo as mudanças nas preferências do consumidor, são passos cruciais, já que, segundo a executiva, “consumidores gravitam em torno de marcas que conhecem e confiam”.

Outra apresentação que não posso deixar de citar é o painel da Marissa Jarrat, CMO e diretora de sustentabilidade da 7-Eleven, que mostrou um case acerca das intenções da empresa com mídia no varejo. Em outras palavras, o “retail media”, que consiste no uso de plataformas digitais de mídia proprietária para apresentar ofertas e promoções para os clientes. De acordo com a executiva, e aqui aconselho se atentar às dicas, o retail media da 7-Eleven é composto por três postos-chaves: dados e insights; testes e ferramentas de medição; fidelização e o engajamento do público-alvo, combinação essa que visa oferecer aos clientes produtos e serviços que atendam às suas necessidades.

Agora, precisamos falar da palestra da Michelle Evans, líder global de varejo e digital consumer da Euromonitor International, uma das mais aguardadas, e não à toa. A executiva trouxe o tão esperado TOP 5 tendências do marketing digital para o varejo e ressaltou a necessidade de uma transformação do comércio eletrônico, sugerindo que este evolua de um mero canal transacional para uma experiência de compra mais envolvente. Em outras palavras, a abordagem do negócio agora precisa ser centrada no consumidor. No e-commerce, essa estratégia pode envolver, por exemplo, a venda on-line, experiências de compra personalizadas e priorizar uma interação direta com os clientes.

Não à toa, entre os cinco tópicos apresentados como indicadores para o setor, Evans pontuou que o E-commerce intuitivo, economia do Tiktok, outsmart on-line, recommerece 2.0 e sustentabilidade são, a priori, tendências que devem movimentar o varejo neste ano, período em que o grande objetivo será fortalecer a relação entre a marca e o consumidor, proporcionando maior controle sobre a experiência do cliente.

E para quem achou que o tema fosse ficar de fora, não mesmo. A Inteligência Artificial teve o seu devido destaque e ficou na transversal de todas (ou quase todas) as palestras que acompanhei, a maioria destacando o seu papel como catalisador de transformações no varejo. Em boa parte das apresentações, executivos enfatizaram seu potencial para antecipar tendências, criar soluções inovadoras e aprofundar o conhecimento sobre os consumidores. Para os próximos dias, acredito que ainda veremos muito mais sobre esta tecnologia.

O evento está só começando e estou ansioso para o que ainda está por vir. Vamos juntos?