O que esperar do Big Show da NRF em 2023
Maior congresso do varejo mundial apresentará os próximos para inovar em meio às incertezas econômicas
Maior congresso do varejo mundial apresentará os próximos para inovar em meio às incertezas econômicas
11 de janeiro de 2023 - 12h05
É no NRF Retail’s Big Show, maior e mais tradicional congresso do varejo mundial, que as principais tendências do mercado são divulgadas e ditam os próximos passos dessa indústria global. No ano passado, o evento em Nova York mostrou que o varejo sobreviveu a um novo ambiente de negócios pós-pandemia. Em 2023, acredito que o evento apresentará os próximos passos das empresas do setor para lidar com incertezas econômicas que não estão dissipadas, de forma a continuar inovando e se movimentando neste cenário ágil.
Alguns assuntos em específico estão no meu radar. Entre eles estão fidelidade, omnicanalidade, live commerce e rentabilidade dos e-commerces e dos modelos de negócios híbridos (varejo físico e on-line). São temas que ainda possuem espaço de discussão e grande adoção por parte de muitos negócios locais. Nosso consumidor está cada vez mais preparado para ter acesso a essas inovações, resta saber como fazer isso de forma mais fluida, inclusiva e escalável.
Também gostaria de ver como o mercado global segue endereçando a questão da agenda DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão) para o varejo. A pandemia deixou isso mais evidente nos últimos dois anos, mas a agenda da liderança está cada vez mais complexa: precisa ao mesmo tempo pensar na rentabilidade dos negócios, e seguir traçando diferentes estratégias para atrair os melhores talentos. Além disso, tudo deve acontecer de maneira alinhada ao crescimento do e-commerce. O mercado brasileiro evoluiu bastante, mas sempre acredito que há novos pilares de crescimento, e a NRF traz algumas tendências nesse sentido.
Ainda aposto em trazer na bagagem uma visão mais atualizada dos negócios híbridos. Já entendemos que as lojas físicas não vão perder relevância no e-commerce. Pelo contrário, elas deverão ganhar cada vez mais valor estratégico e diferenciado dentro da experiência do consumidor.
O que os mercados estão trabalhando é muito diferente do que temos feito por aqui no Brasil? Nem sempre, mas novidades devem ser apresentadas e a omnicanalidade, continuar em algumas palestras. Apesar de muito debatido há algum tempo, esse tema ainda possui desafios de implementação, assim como oportunidades de melhorias mais evidentes no dia a dia para o consumidor final.
Fora tudo isso, há grande expectativa pela delegação brasileira, que deve ter, como nos anos anteriores à pandemia, números recordes. Somos muitos os interessados e ávidos por saber e conhecer mais sobre essas importantes transformações requeridas para o varejo. Ainda que aponte uma Nova York gelada nos próximos dias, encontrar parceiros e amigos do mercado nesses ambientes é sempre muito válido e transformador.
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