Para Whole Foods, loja física está mais viva do que nunca
Jason Buechel, CEO da rede de supermercados que prioriza produtos orgânicos, planeja abrir mais lojas físicas em novas praças
Jason Buechel, CEO da rede de supermercados que prioriza produtos orgânicos, planeja abrir mais lojas físicas em novas praças
Isabella Lessa
17 de janeiro de 2023 - 13h03
Há poucos dias, o Whole Foods, rede de surpermercados famosa por comercializar produtos orgânicos e de origem verificada, abriu uma nova loja em Nova York.
O 17º endereço da companhia fica em um endereço que pouco remete ao frescor de produtos de produtores locais: Wall Street. O estabelecimento está localizado em um prédio art-déco da década de 1920 e a empresa resolveu preservar muitas das características originais.
Dentro da arquitetura vintage, o público poderá ter contato com especialistas em queijos, peixeiros, acompanhar o preparo de pratos e consumir cafés, pães, massas, pizzas e sushi.
O objetivo do investimento pode ser resumido em uma palavra: experiência – termo onipresente na fala de CEOs e executivos nesta edição da NRF. No caso do Whole Foods, as oportunidades de crescimento por meio das lojas físicas são evidentes, tanto que o plano da companhia é abrir até quatro lojas por ano, inclusive em praças nas quais ainda não atua. A cidade de Montana, por exemplo, ganhará uma unidade na semana que vem, que terá um conceito de experiências ao ar livre, pois está localizada próxima a montanhas.
“Queremos oferecer o que há de melhor, só que mais rápido. Nesse cenário desafiador ainda há opções – para nós, isso significa ter mais ofertas mesmo com a crise, pois é sobre preço, mas também sobre o valor que o produto entrega. As pessoas têm que se sentir bem com aquilo que compram”, afirmou Buechel.
Além de a sustentabilidade pautar os produtos de suas gôndolas, o Whole Foods tem focado em estabelecer relações saudáveis com sua cadeia de fornecedores ao longo dos anos, explicou o CEO, o que ajudou a manter a empresa bem-posicionada em meio à crise.
Parte da aposta sustentável da companhia também passa por programas de treinamento, como é o exemplo do Local and Emerging Accelerator Program (Leap), que promove o crescimento de negócios por meio de apoio financeiro e mentorias.
Para Buechel, todos esses esforços remetem ao ponto mais importante: o consumidor. “Nosso público se importa e fazemos a lição de casa. Temos padrões estabelecidos e sabemos que o consumidor valoriza a sustentabilidade independentemente do estado da economia”, disse.
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