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De 12 a 14 de janeiro de 2025 I Nova York - EUA
NRF

Pragmatismo no uso de IA: lições para varejistas e agências

CEO da Cadastra, Thiago Bacchin aponta que evolução das tecnologias e automação devem ser o foco dos debates sobre o varejo neste ano


12 de janeiro de 2025 - 6h06

Thiago Bacchin, CEO e fundador da Cadastra

Thiago Bacchin, CEO e fundador da Cadastra (Crédito: Divulgação)

Em um cenário em que as ferramentas tecnológicas começam a transformar os negócios dos varejistas, as empresas que trabalham para lhes oferecer consultoria, estratégias, bem como serviços de marketing ou de inteligência de dados, também precisam buscar a evolução de suas entregas para acompanhar tais demandas.

Por essa razão, a quantidade de empresas de comunicação, publicidade, marketing e dados presentes na Retail’s Big Show, o principal evento de varejo do mundo organizado pela National Retail Federation, dos Estados Unidos, é cada vez maior.

Uma dessas empresas a marcar presença no evento, que acontece de 12 a 14 de janeiro, em Nova York, é a Cadastra. De acordo com seu CEO, Thiago Bacchin, nada pode ser mais inspirados do que ir à fonte do varejo global, onde há maior pragmatismo no olhar da inovação e tecnologia, como meio de otimizar, trazer crescimento e prosperidade, em um segmento tão competitivo como o varejo.

Veja, abaixo, a visão do executivo a respeito dos temas que devem ganhar a atenção do varejo neste ano e como as agências e empresas de publicidade precisam, também, estar conectadas às demandas e evoluções desse cenário.

Meio & Mensagem: Em sua visão, quais devem ser os temas principais que serão abordados na NRF em 2025?
Thiago Bacchin: A adoção e evolução de tecnologias como IA e automação serão o foco central. Devemos ter exemplos de soluções que estão já revolucionando as operações de varejo, desde a criação de campanhas até a melhoria da experiência do cliente. Também teremos retail media e os desafios de cultura e retenção de times, em tempos em que grandes empresas estão demandando retorno presencial total aos escritórios.

M&M: Para a indústria publicitária, essencialmente aquela que trabalha junto ao varejo, qual a importância de estar presente em um evento como a NRF e como ela pode agregar em termos de insights?
Bacchin: Por ser um evento na maior economia mundial, ela dita as tendências e as inovações tecnológicas num mercado consumidor ocidental maior e mais maduro digitalmente.

M&M: Você acredita que as empresas de varejo do Brasil, de forma geral, estão mais atrasadas em relação à incorporação de IA nos processos de produção, distribuição e contato com consumidor? O que poderia ser feito para impulsionar a utilização da tecnologia?
Bacchin: Sim, a incorporação de IA em processos de produção, distribuição e na experiência com o consumidor está menos avançada aqui em relação aos EUA, Europa e Ásia. Isso se deve a vários motivos, como infraestrutura tecnológica defasada, menor cultura de inovação comparado a EUA e China por exemplo, escassez de talentos, falta de incentivos governamentais, entre outros.

M&M: No ano passado, um tema de grande destaque foi o retail media. Como vê a evolução do tema ao longo de 2024 pelas empresas brasileiras e em que patamar de evolução acredita que estamos?
Bacchin: Estamos evoluindo bem, foi um ano de bastante demanda do mercado, tanto do lado das marcas querendo entrar ou acelerar (geralmente as áreas comerciais e de trade marketing), quanto dos varejistas, que estão aperfeiçoando e investindo em suas operações de retail Ads.

M&M: Para uma empresa como a Cadastra, quais são os principais insights e conhecimentos que podem ser obtidos na participação na NRF?
Bacchin: O negócio da Cadastra é fazer seus clientes crescerem. Crescerem canais físicos e digitais, através de estratégias que integrarão marketing, tecnologia, dados, AI, que são áreas que têm muita dificuldade de serem integradas no dia a dia das empresas, muitas vezes com parceiros diferentes apoiando em frentes que não estão focando o fim – o crescimento dos negócios – mas apenas o meio. Nada mais inspirador que ir na fonte do varejo global onde há um maior pragmatismo no olhar da inovação e tecnologia, como meio de otimizar, trazer crescimento e prosperidade, em um segmento tão competitivo e que vem sendo transformado pelas mudanças do comportamento do consumidor devido à evolução tecnológica.

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