Seguindo com as impressões sobre a NRF 2025
E aparece (ou reaparece) a Eficiência Operacional….
E aparece (ou reaparece) a Eficiência Operacional….
14 de janeiro de 2025 - 12h34
Começo esse segundo dia comentando algo que escutei sobre o varejo alimentar. Em anos anteriores, havia um grande descolamento do varejo alimentar em US para o que tínhamos no Brasil. Agora vemos por aqui o mesmo que estamos vivenciando no Brasil, devido a inflação e seus aumentos de custos associados, levando a uma mudança na predominância dos formatos, com supermercados e hipermercados perdendo espaço para lojas de conveniência, varejo de proximidade e os chamados “hard discounters”, além dos clubes de contas e atacados. No Brasil também vemos esse avanço dos atacados e claro, também dos nossos atacarejos. Além de um aumento constante de compras online, com mais comodidade e conveniência para os consumidores do varejo alimentar.
E como tudo isso conecta com eficiência operacional? Os varejistas estão mais preocupados com os resultados na última linha, do que com os das primeiras linhas. A busca por controle e redução de custos tem sido uma constante. Grandes estoques em muitas categorias, com giro baixo, quando combinado com os juros nas alturas que temos, não ajuda o setor. Melhorar o forecast, com precisões mais assertivas de reabastecimento, ajuda a reduzir perdas. Colaboradores treinados para operar novas tecnologias. Tudo isso entra na eficiência operacional, e esses fatores foram levados em conta para fazer essa transição (e até abandono) de alguns formatos tão tradicionais.
E não podemos nos esquecer dos dados novamente. Só podemos gerenciar e otimizar aquilo que podemos medir. Temos muitos dados relacionados com eficiência operacional e eles devem ser utilizados nesse ciclo de melhoria contínua. Pode apostar que o varejo físico pode ser tão consumidor de dados quanto o varejo digital!!
Ah, e não tem como negar que um dos pontos que mais tem chamado a atenção nessa NRF 2025 é a quantidade de representantes do Brasil aqui no evento. Uma verdadeira invasão brasileira em Nova York e isso é fantástico para o varejo brasileiro, que está cada vez mais ávido por inovações para serem aplicadas nos negócios brasileiros. Com tantos empresários e executivos vivenciando tanta inovação e escutando continuamente sobre eficiência operacional, certeza que isso vai ganhar muito espaço na agenda de transformação do setor nos próximos meses.
Na linha da AI, quero falar um pouco sobre a utilização dessa tecnologia revolucionária pelos colaboradores. Muito tem se falado sobre incluir a inteligência artificial nos negócios, mas essa inclusão precisa estar acompanhada de um plano de adoção para ser efetiva. Capacitar os colaboradores e principalmente os vendedores, para estarem aptos a usar toda a tecnologia disponível a seu favor para mais produtividade e vendas. Vimos aqui bons exemplos de como a Target, Starbucks e Levi’s tem feito investimentos contínuos em capacitação tecnológica para os times. A AI tem um poder transformador tremendo, mas não podemos nos esquecer que o varejo é feito e operado por pessoas para atender pessoas.
Uma provocação deste segundo dia, relacionada com a capacitação dos times: Provavelmente o ChatGPT não vai tomar o seu trabalho ou te substituir. Mas uma outra pessoa, usando o ChatGPT ou copilot, pode fazer isso.
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