15 de janeiro de 2025 - 12h51
No terceiro dia da NRF 2025, ficou evidente que o futuro do varejo é definido pelo equilíbrio entre tecnologia avançada e a conexão humana. A introdução de conceitos inovadores e insights compartilhados por líderes de mercado trouxe à tona os desafios e oportunidades de um setor em constante transformação.
O evento teve início com a abertura do David Solomon, CEO do Goldman Sachs, apresentando uma visão estratégica com ênfase na necessidade de resiliência econômica e adaptação em tempos de inflação controlada e avanços tecnológicos. Ele destacou como a inteligência artificial pode impulsionar a produtividade em 1,5% ao ano nos Estados Unidos, enquanto reforçou a importância de políticas econômicas equilibradas e liderança adaptativa.
Dentre os temas debatidos durante toda a programação, a IA e o toque humano foram um dos mais relevantes. Painéis sobre inteligência artificial com empresas como PacSun e Lidl apresentaram como a tecnologia está sendo usada não para substituir, mas para amplificar a conexão humana. Ferramentas como chatbots avançados e suporte em tempo real para funcionários demonstraram que a tecnologia pode melhorar a eficiência e a experiência do cliente sem perder autenticidade.
Lee Peterson, da WD Partners, reforçou a importância das lojas como hubs de experiências imersivas e emocionais. Ele argumentou que, para competir com o e-commerce, o varejo físico deve investir em design único, atendimento excepcional e produtos exclusivos, criando assim conexões mais profundas com os consumidores.
A Lululemon destacou que práticas sustentáveis podem caminhar lado a lado com a expansão global. Calvin McDonald compartilhou como a marca usa dados e inteligência artificial para personalizar a experiência do cliente enquanto promove iniciativas de reciclagem têxtil e bem-estar dos colaboradores.
Alex Rodriguez e Dylan Lauren compartilharam como as marcas podem prosperar investindo em experiências memoráveis e autênticas. Eles destacaram a importância de parcerias estratégicas e o impacto social como diferenciais competitivos.
Kate Ancketill explorou a convergência entre tecnologia e valores humanos, propondo que espaços físicos devem ser transformados em portais emocionais. Sua visão futurista destacou a necessidade de adaptar-se às mudanças globais enquanto se mantém relevante em mercados locais.
Minha maior lição é que prosperar nesse cenário competitivo requer não apenas tecnologia, mas uma abordagem genuinamente humana e estratégica. A troca de experiência, conhecimentos e insights compartilhados durante o evento reforçam que o varejo do futuro exige adaptação constante, inovação responsável e um compromisso com valores humanos.
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