Tudo muda o tempo todo. O varejo não pode ficar parado
Evoluir é obrigatório no mundo do varejo e quem não acompanhar as mudanças corre risco de ficar para trás
Evoluir é obrigatório no mundo do varejo e quem não acompanhar as mudanças corre risco de ficar para trás
14 de janeiro de 2025 - 12h27
O segundo dia da NRF começou com uma homenagem a Tommy Hilfiger, que foi eleito pela entidade o varejista visionário do ano. Mr. Hilfiger, cuja marca completa 40 anos e esbanja energia do alto dos seus 73, não usa a idade ou a experiência como desculpa para se acomodar.
A filosofia de vida de Tommy Hilfiger é sempre olhar adiante, nunca parar de aprender e estar aberto a novas ideias. Em um mundo tão incerto e volátil, abraçar essas ideias pode ser vital.
Falando em mundo incerto e volátil, se ainda havia alguma dúvida sobre a complexidade dos novos tempos, ela foi completamente dissipada pela excelente apresentação da WGSN, aqui em Nova Iorque.
Cassandra Napoli analisou a epidemia de solidão que se espalha pelo planeta e o medo gerado pela crise climática. Falou sobre sociedades polarizadas e pessoas enraivecidas, fenômenos que obrigarão as marcas a mudar o rumo da prosa e cuidar das pessoas, ao invés de apenas vender produtos. Isso passa por prover conexão e conforto emocional.
Nesse sentido, lugares físicos, passado o temor da última pandemia, ganham força novamente. Kevin Kelley, autor do bom livro ‘Irreplaceable’, falou sobre a importância de lugares inclusivos para a gente se conectar com outras pessoas. Lojas e shopping centers são alguns desses lugares.
Não é à toa que tantas palestras hoje foram dedicadas ou destacaram as lojas físicas. Apesar das vendas online e as produzidas por meio do social commerce continuarem avançando, o mito que anunciava o desaparecimento das lojas está sendo desmentido por muita gente boa.
Mas não são lojas como as de antigamente, claro. Apesar da obrigação de estarem bem localizadas e abastecidas, com bom atendimento e preço adequado, esses espaços têm novas e ampliadas funções. Precisam ainda oferecer experiências, serviços, funcionar como centros de distribuição avançados, canais de mídia e muito mais.
Além disso tudo, devem ser organismos vivos, em permanente evolução, acompanhando os incessantes movimentos dos novos consumidores.
Daí a importância de todo mundo seguir o exemplo do septuagenário Mr. Hilfiger, que se recusa a permanecer no mesmo lugar. Ele sabe que o mundo gira mais rápido agora e que para continuar relevante, não dá para ficar parado. Visionário.
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