Por que o varejo também é um negócio importante para a NBA
Com o objetivo de oferecer uma experiência relacionada ao basquete aos fãs, a liga já abriu mais de 34 unidades no País
Com o objetivo de oferecer uma experiência relacionada ao basquete aos fãs, a liga já abriu mais de 34 unidades no País
Valeria Contado
16 de janeiro de 2025 - 6h01
Um dos grandes temas trazidos nas palestras da NRF 2025 foi sobre o foco das marcas na promoção de experiências – muitas vezes personalizadas – para os seus consumidores. Nesse aspecto, as lojas físicas se mostraram um importante touch point em uma cadeia de omnicanalidade.
E essa é uma das estratégias da National Basketball Association (NBA) em solo brasileiro. Com 34 unidades da NBA Store no Brasil, a liga norte americana tem como principal objetivo se conectar com os fãs de basquete promovendo uma experiência imersiva pelo acervo de produtos e de elementos que complementam o esporte.
Em São Paulo, por exemplo, a loja que fica localizada no Shopping Morumbi Town, na zona sul da cidade, tem uma quadra com altura em tamanho real para que os torcedores possam visitar e até treinar algumas cestas.
“Nos consideramos, sim, um varejista, mas a importância de trabalhar a experiência é super estratégica. Acho que isso que diferencia a NBA Store de um varejista tradicional”, afirma Sérgio Perella, vice-presidente de merchandising da NBA para América Latina.
Além disso, ter esse canal próprio de contato com os seus clientes foi um passo importante para a liga conquistar um espaço cada vez maior no País. “A NBA store surgiu da necessidade de se criar um canal específico de basquete. Quando começamos era muito difícil que essas grandes redes de esporte tivessem um espaço dedicado para basquete então desenvolvemos esse canal próprio de distribuição”, avalia.
A liga estabeleceu sede no Brasil em 2012 e, em 2016, abriu a sua primeira loja física no Barra Shopping, no Rio de Janeiro. Desde então ampliou a sua presença no varejo brasileiro e passou a promover outros espaços de experiências – que se unem ao varejo – como a NBA House, que acontece todo ano durante os play offs da temporada, e o Park NBA.
“A diferença é que no Brasil temos uma quantidade de lojas maior do que a maioria dos outros países. Mas em todos os países você tem um trabalho além da própria NBA Store e do canal online, além de um trabalho muito forte de colocar os produtos nas redes esportivas como um todo”, diz.
Durante toda a feira que aconteceu entre os dias 12 e 14 de janeiro, aconteceram debates a respeito de IA. Marcas que atuam com esporte globalmente, como Foot Locker e New Balance, falaram sobre como a experiência e a personalização podem ajudar a criar um relacionamento com os consumidores.
Para a NBA essas também devem ser trends no mercado brasileiro. No entanto, o executivo chama a atenção para a importância da humanização nesse processo, principalmente em relação a treinamento e tratamento com o cliente em suas unidades físicas.
“A tendência é uma mistura das tecnologias com a humanização. Eu vejo muitas ferramentas surgindo, principalmente agora com a inteligência artificial, que podem ajudar na parte de back office, de sistema, além de otimizar processos, sistemas e diminuir custos”, afirma.
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