COB: amplificação das redes sociais gera novas oportunidades
Aproximação do digital na cobertura olímpica promove novos modelos de negócios também para a TV
COB: amplificação das redes sociais gera novas oportunidades
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Valeria Contado
24 de julho de 2024 - 5h50
A aproximação digital do público com os grandes eventos não é uma novidade. Os Jogos Olímpico Rio 2016 ficaram marcados por uma ampla cobertura digital com a amplificação das redes sociais e a facilidade na conexão. Já os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, que tinham como pano de fundo a pandemia de Covid-19, que afastou os torcedores das arenas olímpicas, ficaram marcados pelo engajamento.
Os próprios atletas acabaram se tornando veículos de comunicação para as marcas e para sua imagem. Uma análise feita pela Spark, utilizando a ferramenta Tagger Media, de 30 de julho a 3 de agosto de 2021, indicou que os medalhistas olímpicos obtiveram crescimento após os jogos. A ginasta Rebeca Andrade foi a que mais aumentou o número de seguidores no Instagram, atingindo 836% de crescimento, chegando a mais de 2,2 milhões de seguidores na época.
“Não é mais preto e branco, agora tudo é cinza. Essa mistura é parte das respostas que teremos para os próximos modelos. Existem métricas, caminhos e buscas por performance que exigem um foco no digital. Vemos novos modelos de negócios quando conseguem ser híbridos ainda que preservem os diferentes papeis”, avalia Ana Paula Passarelli, cofundadora e COO da Brunch.
Além dos novos formatos que já ocupam as grades de exibição, para Gustavo Herbetta, diretor de marketing do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o projeto Paris é Brasa, que levará um squad de jornalistas, creators e influenciadores para produzir conteúdo para as redes, deve guiar a cobertura esportiva realizada pela entidade durante os próximos anos e ampliar as bases como ele é realizado. “Queremos aprender e trabalhar isso em 2025, 2026 e 2027 com ajustes para continuarmos o projeto até 2028”, afirma.
O comitê aproveitou os Jogos Panamericanos de 2023 para investir em seu próprio canal como mídia. O projeto foi comandado por Paulo Conde, diretor de comunicação, cultura e valores olímpicos, e demonstrou oportunidade de ativar propriedade exclusiva da entidade. Para Herbetta, a parceria com a Play9 pode ser um case que deve inspirar até mesmo o Comitê Olímpico Internacional (COI) e outras entidades para se aproximar do público digital.
Para isso, o COB pensou em uma estratégia especial de comunicação. A começar pela chegada de Galvão Bueno para o seu time de embaixadores. A ação acontece em parceria com a Globo e levará o narrador para a sua 10ª Olimpíada seguida. In loco, Galvão produzirá conteúdo e conduzirá programas específicos sobre os jogos.
“O fato de o COB se aproximar é porque ele entende a outra visão que complementa um olhar que o jornalista não tem. Eles têm mais esse papel complementar na cobertura”, avalia Rafaela Lotto, sócia e head da Youpix.
A Globo também já está focada em ampliar a sua presença no ambiente digital. Por meio do hub de conteúdo Viu, a emissora realiza a representação comercial de nomes como Eliana, os ex-BBBs Davi Brito e Beatriz Reis, Tadeu Schmidt, entre outros nomes. A plataforma de conteúdo também faz parte do pacote comercial destinado aos Jogos Olímpicos de Paris que soma 17 marcas patrocinadoras.
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