Paris 2024: as críticas e polêmicas dos uniformes do Time Brasil

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Paris 2024: as críticas e polêmicas dos uniformes do Time Brasil

Público questionou a estética dos uniformes para a cerimônia de abertura, criados pela Riachuelo, e atletas tiveram problemas relacionados à entrega de materiais


24 de julho de 2024 - 6h01

Uniformes do Brasil

(Crédito: Reprodução)

Atualizado em 24/07/24, às 18h02

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam, oficialmente, daqui a três dias e o uniforme dos atletas brasileiros tem mobilizado a atenção do público e as discussões nas redes sociais. O assunto começou na última semana, quando durante um evento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), as marcas parceiras apresentaram os uniformes da delegação que representará o País na Olimpíada.

Patrocinadora do COB, a Riachuelo será a grife de moda oficial do Time Brasil durante os Jogos e produziu os uniformes de viagem e da cerimônia de abertura das delegações brasileiras. A coleção, produzida 100% pela indústria brasileira, conta com jaquetas jeans bordadas a mão pelas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, cidade situada no semiárido do Rio Grande do Norte.

Na mesma ocasião, a Puma, Adidas e Havaianas, que vai calçar o time Brasil, também apresentaram suas iniciativas.

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À medida que as imagens dos uniformes de viagem e da cerimônia de abertura começaram a ser divulgadas, o público nas redes sociais teceu uma série de críticas aos trajes. As reclamações apontavam que os trajes seriam simples e até conservadores quando comparados ao design dos uniformes de outras delegações.

Os atletas italianos, por exemplo, usarão peças feitas pela grife Emporio Armani, enquanto Ralph Lauren assina as peças da delegação dos Estados Unidos. Começaram a circular, então, alternativas ao traje brasileiro criadas com inteligência artificial.

https://twitter.com/nowtttp/status/1813246355386626554

https://twitter.com/Shhhh_Silence_/status/1813256284348796928

Após receber pedidos de uma série de usuários com a tag #UNIFORMEDENDEZEIRO, a grife criou uma nova etapa da coleção BRS2. A Revista ELA convidou três designers: Kátia Barros, da Farm; Thomaz Azulay, da The Paradise; e Mônica Sampaio, da Santa Resistência, para criar suas versões do uniforme brasileiro. Confira aqui.

Tamanhos e distribuição

Mas a estética não foi o único problema envolvendo os uniformes. Uma das primeiras reclamações foi do atleta de decatlo, José Fernando Ferreira, que afirmou não ter recebido material adequado à quantidade de provas que disputaria. Assim, ele precisaria ter arcado com sete pares de sapatilha para a corrida.

Já Izabela Rodrigues da Silva, atual campeã pan-americana de lançamento de disco, teve seu enxoval reduzidos por falta de peças femininas de tamanho G. Em nota, a Puma e a Confederação Brasileira de Atletismo lamentaram o ocorrido e disseram estar em contato com a atleta para solucionar o caso da melhor forma possível.

A nota também destacou que cada prova de atletismo possui uma quantidade diferente de peças de uniforme, que varia de acordo com a necessidade esportiva. Também ganharam repercussão vídeos de atletas do vôlei feminino recebendo uniformes em sacos ao invés de malas.

https://twitter.com/portalbrunor1/status/1811104688659403256

Com a repercussão, o COB se posicionou esclarecendo como funciona a logística de entrega dos itens (confira abaixo). O Ministério do Esporte (Mesp) também publicou uma nota esclarecendo que não é responsável por confeccionar e fornecer os kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira.

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Em entrevista ao Uol, nesta quarta-feira, 24, a CMO da Riachuelo, Cathyelle Schoreder, comentou o caso. Segundo ela, o traje é fruto de um trabalho de dois anos em parceria com o COB e a marca não espera as críticas do público. Desde então, a varejista teria ampliado a equipe de monitoramento nas redes sociais e destacou mais pessoas para responder as críticas. “Ninguém fez pensando em não agradar, ou pensando que não seria legal, muito pelo contrário”, afirmou ao veículo.

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