A aposentadoria de Endrick
Os dois roteiros possíveis para a história da carreira do jovem craque do Palmeiras e da seleção brasileira
Os dois roteiros possíveis para a história da carreira do jovem craque do Palmeiras e da seleção brasileira
O ano é 2044 e Endrick — agora com 37 anos — anuncia a sua aposentadoria.
Depois de uma carreira vitoriosa no Palmeiras, Endrick mudou para a Espanha para defender o supercampeão Real Madrid. Em semanas, chamou a atenção de todos pelo seu talento e dedicação dentro dos campos e pelo seu comportamento maduro e profissional fora deles.
Os novos agentes e profissionais de marketing na Europa assinaram poucos e prestigiosos contratos de patrocínio com marcas globais, substituindo as marcas brasileiras dos primeiros anos de sua carreira. A equipe contratada para gerenciar seu patrimônio teve um papel importante na construção de sua fortuna bilionária.
Ao chegar à Espanha, em 2024, jogadores brasileiros não ganhavam o “Ballon d’Or” havia 17 anos, quando Kaká foi eleito o melhor do mundo. Endrick, admirador confesso, decidiu pedir mentoria ao ídolo. O que era para ser uma parceria de algumas semanas, tornou-se um relacionamento de décadas. Kaká teve um papel formador na carreira e na vida de Endrick.
Nos 20 anos que jogou em Madrid, além do futebol, Endrick ficou famoso por nunca ter chegado atrasado aos treinamentos e compromissos com patrocinadores e pelo seu talento para aprender idiomas. Dava entrevistas e participava de eventos falando espanhol e inglês com a mesma facilidade que seu nativo português. Fora dos campos, levou uma vida discreta com sua família. Nem nos tempos de jovem, solteiro e rico, era visto nas badaladas noites madrilenhas. Nas horas livres, além da família, dedicou-se à Fundação Ramos, que investe na educação e no esporte para crianças.
Os títulos internacionais foram muitos: três vezes eleito como melhor jogador do mundo pelo Fifa The Best, hexacampeão da Liga dos Campeões da Europa, três títulos na Copa do Mundo de Clubes da Fifa, 12 vezes campeão da La Liga, tricampeão da Copa América, e — principalmente — bicampeão mundial da Copa do Mundo (na Espanha, Portugal e Marrocos, em 2030, e na Arábia Saudita, em 2034).
Endrick é adorado pelos brasileiros e se aposenta com a missão de recuperar o prestígio do futebol nacional muito bem cumprida. Obrigado, Campeão!
Depois de uma carreira vitoriosa no Palmeiras, Endrick mudou para a Espanha para defender o supercampeão Real Madrid. Em semanas, chamou a atenção de todos pelo seu talento e dedicação dentro dos campos e pelo seu comportamento irresponsável fora deles.
Os muitos contratos de patrocínio com marcas brasileiras espantaram empresas globais que poderiam tê-lo promovido em todo o mundo. A equipe contratada para gerenciar seu patrimônio tampouco o ajudou. Com investimentos em negócios fraudulentos, Endrick teve problemas com o fisco em todos os países nos quais viveu.
Ao chegar à Espanha em 2024, jogadores brasileiros não ganhavam o “Ballon d’Or” havia 17 anos, quando Kaká foi eleito o melhor do mundo. Endrick fez um TikTok (aplicativo famoso nos anos 2020) declarando que era o melhor jogador brasileiro dos últimos 30 anos e que colocaria um fim à seca de títulos. Para isso, decidiu pedir uma mentoria ao seu ídolo Neymar. O que era para ser uma parceria de algumas semanas, tornou-se um relacionamento de décadas. Neymar teve um papel fundamental na carreira e na vida de Endrick.
Nos dois anos que jogou em Madrid, 18 meses no PSG, três anos no futebol turco, nas quatro temporadas e quatro clubes na MLS, dois anos na Arábia Saudita, e depois no seu retorno ao Brasil com o Palmeiras, Náutico de Recife e Juventus (onde encerrou sua carreira), Endrick ficou famoso por constantemente chegar atrasado aos treinamentos e compromissos com patrocinadores.
Fora dos campos, levou uma vida de dar inveja a Ronaldinho Gaúcho e ao próprio Neymar. Aproveitou a vida noturna onde morou como poucos. Em seu tempo livre e durante suas muitas contusões, passava semanas no Brasil com seus “parças” em festas e campeonatos de poker. Gaba-se por não ter perdido um só Carnaval em toda a sua carreira.
Depois da saída do Palmeiras ganhou um só título — La Liga em 2025.
Quando anunciou a sua aposentadoria, poucos notaram. O que começou como uma grande promessa, acabou de forma melancólica e frustrante para o torcedor brasileiro. Uma pena.
E aí, Endrick, qual história você vai escrever para o seu futuro e legado?
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