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A arte do ponto de venda

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Opinião

A arte do ponto de venda

O que o mundo está aprendendo com o Brasil?


23 de agosto de 2024 - 6h00

Nos últimos anos, temos observado uma tendência crescente das agências brasileiras de shopper marketing na criação de toolkits globais de trade e experiência para marcas internacionais. Essa movimentação se dá por diversos fatores, entre eles, a diversidade estética dos pontos de venda no Brasil, a receptividade dos consumidores brasileiros em interagir no momento da compra e a sólida parceria entre varejo e indústria no país.  

Trata-se de uma disciplina que se dedica a desenvolver os estímulos do marketing baseando-se no comportamento das pessoas, percorrendo todo o caminho da jornada que começa na “antecipação” da necessidade, passa pela “apresentação” do produto e termina na decisão da compra. Por isso, a estratégia precisa estar muito bem amarrada e focada em eficiência e consistência. Hoje, não existe absolutamente nenhuma marca que não dedica parte de seu budget para esse lugar, inclusive as nascidas no digital.  

A estética dos pontos de venda no Brasil é um dos fatores-chave que tem contribuído para a criação de toolkits globais. O Brasil tem se destacado pela criatividade e inovação na apresentação dos produtos, proporcionando experiências visuais e sensoriais únicas. Isso se traduz em displays atraentes, layouts funcionais e uma ambientação que convida o consumidor a explorar e interagir com os produtos. Esse caldeirão visual força as marcas a pensarem um Design Language realmente proprietário, para que seus materiais não virem paisagem em pontos de venda tão diversos.

Por exemplo, para que um toolkit global tenha sucesso, é preciso adaptá-lo às especificidades locais, mas mantendo a essência estética e funcional proposta no país de origem.

Os consumidores brasileiros também são conhecidos por sua receptividade e disposição para interagir no ponto de venda. Essa característica comportamental tem incentivado as marcas a investirem em experiências que vão além da simples exposição de produtos. No Brasil, é comum encontrar ações de ativação que envolvem espaços de experiências, demonstrações, degustações e interações “phigitais” que enriquecem a jornada de compra.

Outro fator importante é que a parceria estreita entre varejo e indústria no Brasil tem permitido um alinhamento mais eficaz nas estratégias de ponto de venda. Essa colaboração resulta em uma execução mais harmoniosa e eficiente das campanhas de trade marketing, beneficiando tanto o varejista quanto a marca. Além de permitir que novos formatos, novas ferramentas e testes sejam aplicados e acompanhados no ponto de venda, melhorando assim as execuções, formatos e adequações.

Assim, a combinação destes três fatores descritos acima têm cada vez mais colocado as agências brasileiras em destaque na criação de toolkits globais de trade e experiência, enaltecendo a capacidade de adaptar essas soluções para diferentes mercados e ainda mantendo a essência e a qualidade das estratégias. Como resultado, vemos a força e a influência que o Brasil vem ganhando no cenário global de shopper marketing.

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