A avalanche da IA e outros marcos deste século para os eventos
Embora seja fato que as portas precisam estar escancaradas às novas possibilidades da IA na rotina, vale lembrar que a subjetividade humana ainda é insubstituível
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Quem acompanha mais de perto o mundo dos eventos sabe que, neste século, estamos presenciando transformações de grande magnitude, em linha com a onda do exponencial das tecnologias digitais. Hoje, tudo é rápido, tudo é intenso, tudo é grandioso. Avanços tecnológicos, mudanças culturais e sociais inspiraram marcos que impactaram fortemente o segmento do entretenimento. E, assim como qualquer outra área deste planeta, a de eventos também vem sendo influenciada pela avalanche da Inteligência Artificial (IA).
O que vivemos com a evolução alucinante da IA estará em pé de igualdade nos registros históricos com a Revolução Industrial. Em poucos anos, vimos uma corrida desenfreada gerada pela Covid na adaptação do presencial para o virtual e o híbrido. Nos deparamos com a demanda crescente pelo uso de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR). A gamificação transformou a maneira como os participantes se envolvem em eventos. A sustentabilidade passou a ser um critério importante para organizadores e participantes, que buscam minimizar o impacto ambiental sem comprometer a qualidade das iniciativas. Agora, a IA tem transformado os eventos desde a fase de planejamento até a experiência dos participantes.
Com IA, a personalização em grande escala se torna possível. As pessoas podem receber recomendações de sessões, palestras ou networking, por exemplo, com base nos seus interesses e comportamento. Chatbots baseados em IA podem fornecer suporte em tempo real aos participantes.
Para a organização, os benefícios passam pela coleta e análise de dados em tempo real, que permite o monitoramento do desempenho e eventuais ajustes rápidos que podem melhorar a experiência ou resolver problemas no evento. É possível, também, automatizar tarefas administrativas, como o agendamento, a gestão de inscrições, o controle de entradas e saídas. O reconhecimento facial baseado em IA pode ser utilizado para acelerar o credenciamento dos participantes e aumentar a segurança no local do evento. As possibilidades são muitas e os benefícios também.
Um case de uso de IA é o Web Summit, uma das maiores conferências de tecnologia do mundo. O Web Summit desenvolveu um aplicativo impulsionado por IA que recomendou conexões de networking com base nos interesses e perfis dos participantes. O algoritmo analisou os dados fornecidos por cada usuário e sugeriu as melhores conexões. Isso permitiu que eles encontrassem pessoas relevantes de forma rápida e eficiente.
Durante o evento, a IA foi usada ainda para monitorar o feedback dos participantes em tempo real através de redes sociais e enquetes. A análise de sentimentos captou o humor do público em relação às palestras e atividades, permitindo que os organizadores fizessem ajustes como alterar o cronograma ou melhorar o fluxo de entrada em determinadas áreas. Também, para prever padrões de comportamento dos participantes, como em quais sessões haveria maior concentração de pessoas. Com isso, os organizadores conseguiram ajustar a logística do evento, distribuindo melhor os recursos e evitando superlotação em determinadas áreas.
Como resultado, os 70 mil pessoas viveram uma experiência mais personalizada e fluida. Além disso, os organizadores conseguiram otimizar o uso de recursos e aumentar a satisfação dos participantes.
Apesar de tudo isso, e de entender que as portas precisam estar escancaradas para as novas possibilidades da IA na rotina, vale lembrar que a subjetividade humana ainda é insubstituível e perceptível nos detalhes. Envolve uma combinação única de emoções, intuição, criatividade, empatia, valores culturais e experiências pessoais que as máquinas e a inteligência artificial, por mais avançadas que sejam, não conseguem replicar de forma completa. Ainda não.
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