A importância de marcar pessoas

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Opinião

A importância de marcar pessoas

Há um aspecto primordial que é a base de todo relacionamento corporativo: a boa convivência entre colegas de equipe, lideranças e liderados


13 de julho de 2023 - 6h00

Trabalho em Equipe

(Crédito: Fizkes/Shutterstock)

O conceito da marca empregadora evidencia a mudança dos tempos e do tipo de relação que os profissionais aspiram com as companhias. Acredito que os leitores deste espaço estejam familiarizados com o conceito, e não é segredo nenhum que a construção de uma reputação com ética, transparência e acolhimento esteja no disputado rol de prioridades da comunicação das maiores companhias do planeta. É até reconfortante pensar que, em tempos de avanços das Inteligências Artificiais, se desenvolva uma preocupação primordial relacionada a respeitar hábitos, valores e expectativas das pessoas. Um resgate do nosso lado mais humano.

No universo do marketing falamos em criar ações de impacto, de forma a trabalhar a criatividade como uma ferramenta para o crescimento do negócio, mas também como provocadora de novos pensamentos, olhares e percepções diversas. Quando olhamos para dentro de casa, pensamos no engajamento e saúde mental dos colaboradores, e como através do negócio que gerenciamos, impactamos positivamente o mundo. Mas além desses pontos, há um aspecto primordial para mim que é a base de todo relacionamento corporativo: a boa convivência entre colegas de equipe, lideranças e liderados.

A vida me ensinou que um time engajado supera obstáculos e produz resultados brilhantes, por caminhos que a razão não pode premeditar nem orquestrar. Captar talentos é um primeiro passo do sucesso, mas é preciso nutrir e abrir espaços no ambiente de trabalho para concretizar todo o potencial de cada talento. Pratico uma liderança baseada em respeito e admiração, com escuta ativa e compreensão dos percalços particularmente impostos a cada área dos times, pois, afinal, já estive lá. E essa é uma cultura que a Kraft Heinz está motivando para toda liderança, com uma agenda forte liderada pelo time de RH.

Dizem que um dos meus pontos fortes é o de capturar a atenção para as minhas falas, como que segurando uma corda entre mim e cada um dos meus interlocutores. Humildemente, considero que desenvolvi essa habilidade da seguinte maneira: é fundamental olhar nos olhos, ter conversas sinceras e levar a honestidade e empatia para as reuniões. O mundo corporativo tende a ser normativo e formal, mas o contato humano é vital, para não sufocar a criatividade com burocracia.

Uma gentileza para promover conexão, por exemplo, é a adaptação da linguagem ao seu ouvinte. Eu poderia ter iniciado essa coluna com a expressão employer branding, que é mais usual entre os profissionais de Marketing e das áreas de Gente, mas ao usar a equivalente dela em português, marca empregadora, convido à leitura um maior número de pessoas. Por falar em estrangeirismos, que o nosso meio adora, já existe um conceito para a somatória de fatores vividos pelo time ao longo de toda a jornada de trabalho – é a Employee Experience (EX), ou Experiência do Empregado, na tradução livre.

Estudos apontam que o engajamento do time e as vivências que ele tem na empresa é diretamente responsável pelos resultados anuais. Posso testemunhar, com base em episódios recentes, que minhas equipes enfrentaram adversidades excepcionais, parte delas em comum com praticamente todo o mercado, como crise econômica, novas barreiras logísticas, reformas estruturais e estratégicas dos negócios. Mas, curiosamente, nos três últimos anos batemos recordes, conquistamos prêmios e alçamos marcas a patamares inimagináveis. E para concluir, não seria o sucesso de uma marca empregadora garantir que os colaboradores vivam e sintam a Verdade e propósitos das empresas, acompanhem a Velocidade da mudança do mundo sendo protagonistas delas e Vivenciem experiências positivas? Os 3Vs que praticamos nas nossas comunicações de marca.

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