Assinar

A importância de ter olhares diversos na construção de uma marca

Buscar

A importância de ter olhares diversos na construção de uma marca

Buscar
Publicidade
Opinião

A importância de ter olhares diversos na construção de uma marca

Desafios e as estratégias necessárias para manter uma reputação sólida em um mundo em constante mudança


28 de março de 2024 - 15h26

Você sabe o que é reputação e o que ela significa para a sua imagem ou para sua empresa?

A gestão de reputação de marcas é uma das prioridades para quem trabalha com comunicação, seja em uma equipe interna ou em uma agência de Relações Públicas. O trabalho consiste em manter a percepção positiva sobre uma empresa que precisa de monitoramento, planejamento, comunicação e, claro, uma boa estratégia de dados. Segundo informações levantadas pelo relatório Intangible Asset Market Value Study (IAMVS), o valor de uma empresa, hoje, é composto por apenas 17% de ativos tangíveis, como produtos e patrimônio. Enquanto isso, os intangíveis (marca, processos de qualidade e relacionamento com o cliente) representam 84% de um negócio.

Em um mundo no qual as informações se espalham rapidamente pelas redes sociais, por exemplo, uma imagem negativa pode ter repercussões devastadoras e, às vezes, irreversíveis. A cultura do cancelamento é uma das principais referências que temos na contemporaneidade neste sentido, algo que podemos aprender todos os anos com as edições do Big Brother Brasil.

É por isso que eu bato na tecla de que a imagem de uma empresa ou persona tem que estar alinhados com propósitos e valores, com uma narrativa real, que faça as pessoas se conectarem.

Mesmo que lentamente, acredito que estamos evoluindo. Hoje, a sociedade não tolera mais posturas preconceituosas; discursos racistas, homofóbicos, machistas e o etarismo. Por isso, movimentos como o antirracismo têm se tornado um dos pilares de uma boa construção de imagem, sobretudo, de uma marca, que muitas vezes engaja pelas diferentes noções de linguagem.

A régua da diversidade tem se adentrado cada vez mais no mercado, não como um diferencial, mas um valor inegociável, uma necessidade para empresas que desejam se manter relevantes e respeitadas em um mundo cada vez mais conectado e consciente. O movimento ‘se eu não me vejo, eu não compro”, por exemplo, tem feito as marcas recalcularem a rota, assim como os programas de ações afirmativas, que valorizam as intersecções ao invés de inviabilizá-las. O cenário já muito conhecido: “branco, hetero e masculino”, já não engaja quanto antes, e isso é o reflexo de quando a diversidade é posta como uma referência.

Mas, devo confessar, que essa percepção não chegou até a mim só agora, eu sempre acreditei que a construção de uma imagem deve estar conectada a olhares diversos, já são mais de dez anos construindo essa ponte como um alto potencial de negócio. E não sou quem está pontuando, mas sim os dados.

Uma pesquisa realizada pelo Grupo Soma, a Oldiversity, revela que 70% dos consumidores acreditam que as empresas e marcas devem integrar o tema diversidades. Segundo o estudo, 52% passam a admirar as diversidades e 51% passam a considerar as marcas que falam abertamente sobre diversidade. Ou seja, hoje, a sociedade entende que narrativas plurais devem ser para além do quadro e do discurso. E é essa pluralidade que, de fato, representa a mensagem que se quer passar com a sua imagem.

Mas não há como negar que empresas, que nunca fizeram essa virada de chave antes, de entender a diversidade como um alto potencial, acabam enfrentando o desafio de se posicionar de forma autêntica e inclusiva. Isso, sem correr o risco de parecerem oportunistas ou insensíveis e ter o entendimento das nuances culturais, valores e sensibilidades de diferentes grupos demográficos é essencial para uma comunicação real e assertiva.

A experiência acumulada ao longo dos anos me mostrou que a construção de imagem na comunicação multicultural é um processo contínuo e multifacetado que requer sensibilidade, autenticidade e adaptabilidade. As marcas que conseguem navegar com sucesso nesse ambiente diversificado serão recompensadas com a confiança e lealdade de seus públicos.

Afinal, a reputação é um ativo valioso que pode determinar o sucesso ou fracasso de uma empresa no mercado atual. E você, o que está fazendo para fortalecer a reputação do seu negócio e da sua marca pessoal?

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • A consciência é sua

    A consciência é sua

    Como anda o pacto que as maiores agências do País firmaram para aumentar a contratação de profissionais negros e criar ambientes corporativos mais inclusivos?

  • Marcas: a tênue linha entre memória e esquecimento

    Tudo o que esquecemos advém do fato de estarmos operando no modo automático da existência