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Opinião

A pandemia e as plataformas

Saber como funcionam e como podemos ganhar com elas é uma ótima alternativa para os que se propõem a ditar a inovação, e não apenas segui-la


26 de novembro de 2020 - 14h57

(Crédito: Irina Strelnikova/ iStock)

Quando a pandemia causada pela Covid-19 se instalou no planeta, surpreendendo a todos, muitos foram obrigados a repensar seu dia a dia e, em especial, suas atividades profissionais e empresas. Porém, aqueles que baseiam seu modelo de negócios em plataformas digitais aproveitaram o momento para acelerar e crescer. O Mercado Livre se transformou na marca de maior valor na América Latina. iFood e Rappi, desde março deste ano, são exemplos de sucesso. Em comum, o modelo de marketplace que, por meio de tecnologia, conecta pessoas e empresas, promovendo encontros que possibilitam a realização de bons negócios.

As plataformas digitais trabalham, basicamente, com a informação e de maneira a facilitar que aqueles que ofertam encontrem aqueles que demandam, e vice-versa. O modelo permite que as interações aconteçam de forma multilateral justamente em razão das inúmeras conexões possíveis. Não é só uma relação bilateral. E essa é uma das características que explica por que empresas como Mercado Livre, iFood e Rappi, entre outras, cresceram em plena pandemia. A escalabilidade está entre as principais vantagens das plataformas digitais.

Também na indústria criativa diferentes profissionais estão se beneficiando das plataformas digitais para encontrar novos clientes, parceiros e, assim, gerar novos negócios. O modelo é muito vantajoso, seja por não estabelecer fronteiras geográficas, seja por afastar os trâmites burocráticos, fazendo com que os profissionais foquem naquilo que são melhores: a entrega criativa.

Muitos são os profissionais que já perceberam o quanto as plataformas digitais são essenciais para o sucesso de seus negócios, estejam se apresentando como profissionais autônomos ou à frente de suas boutiques ou estúdios.

Nesta mesma linha, diversos profissionais de marketing estão tendo a oportunidade de experimentar novos modelos para si e suas empresas. Na perspectiva pessoa física, começa a crescer um movimento de profissionais trabalhando para diferentes companhias, dividindo tempo (horas) para cada desafio. Esse modelo “on demand” gera flexibilidade e cabe no bolso das empresas que contratam estes profissionais, tornando o formato mais vantajoso para ambos. Na pessoa jurídica, os CMOs têm a opção de contratar estúdios e/ou freelancers a partir destas plataformas já existentes, abrindo a possibilidade de estabelecer um novo jeito de trabalhar com mais agilidade, preços justos e ótima qualidade.

Vantagens? Efetivação de contratos mais flexíveis, gestão do próprio tempo, valorização da produtividade e, em consequência, dos resultados. O modelo on demand mostrou que as relações até podem seguir duradouras. Não há mais razão para ficar por anos atrelado a uma só empresa se existe a possibilidade de se conectar a outros profissionais a fim de atender diferentes clientes, atuar em diversos projetos e, dessa forma, potencializar o conhecimento, as habilidades e os ganhos.

O dinamismo é outra característica das plataformas digitais. Mas existem outras, como a redução de custos, já que a infraestrutura exigida tende a ser menor, tanto no que diz respeito ao espaço quanto no número de funcionários. Há, ainda, a melhoria no relacionamento entre a empresa e o cliente, a empresa e seu fornecedor. As conexões devem ser estabelecidas para otimizar o que existe de melhor. Esse modelo de negócio permite que todos cresçam, que todos ganhem. A rede de parceiros que se estabelece é múltipla. E isso passa a ser vantajoso e essencial, especialmente na indústria criativa.

Na história da Netflix, outra empresa que revolucionou o mundo dos negócios, tem sido icônica a frase “A regra é não ter regras”. Concordo e é bem provável que novos modelos surjam. Mas, em um momento complexo como o atual, vale aprender com quem soube crescer mesmo diante das adversidades. Buscar informações sobre as plataformas digitais, como funcionam e como podemos ganhar com elas é uma ótima alternativa para os que se propõem a ditar a inovação, e não apenas segui-la.

**Crédito da imagem no topo: hh5800/iStock

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