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A viralização além do conteúdo

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Opinião

A viralização além do conteúdo

Teor da mensagem da marca não é mais o único responsável pela viralização na internet


27 de outubro de 2016 - 8h00

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Falar que o consumidor hoje é conectado, multi-tela e mobile é uma obviedade. Todos os planos de mídia consideram essa realidade e as marcas estão mais do que preparadas para falar com as pessoas onde quer que estejam.

Surpreende, porém, a rapidez com que o mercado brasileiro alcança as tendências globais. Atualmente, a parcela de usuários de internet que se declaram “mobile-only” (que acessam a rede apenas via celular) nos EUA é apenas 11 pontos percentuais maior que no Brasil: 31% no mercado americano e 20% aqui. Ou seja, um consumidor brasileiro em cada cinco não usa mais nenhum outro dispositivo para se conectar além do celular.

A mobilidade acelerou ainda mais o consumo de mídia em redes sociais no Brasil. Nossos usuários possuem, em média, contas em quatro redes sociais e 78% deles declaram ter todas abertas no celular ao mesmo tempo.

Assim, surge a pergunta: como os consumidores usam todas essas redes sociais?

Em estudo feito recentemente pelo Twitter, constatou-se que cada rede social tem um papel distinto no dia a dia do consumidor e, por isso, sua utilização pode ocorrer simultaneamente. E os usuários dividem as redes em dois grandes pilares: as de conexão pessoal e as de atualização e temas de interesse.

Outro estudo recente feito pelo Global Web Index trouxe dados sobre uma tendência global que aponta que as pessoas estão buscando se informar através das redes sociais. Houve um aumento do número de usuários que declaram que estão nas redes socias para se atualizar e uma diminuição dos que dizem estar interessados em se conectar com amigos e familiares.

E como a distinção de papéis das redes sociais pode impactar as marcas?

O papel de cada plataforma está diretamente relacionado à maneira com que o consumidor reage ao vídeo que nela está. Nas plataformas ditas de conexão pessoal, os usuários tendem a curtir os vídeos, enquanto nas redes de atualização e temas de interesse a tendência de compartilhamento dos vídeos é maior.

Na cabeça do usuário, aqueles conteúdos que são fruto de uma relação interpessoal, seja porque foram enviados por um amigo, um familiar ou porque foram produzidos por eles, despertam menos interesse de compartilhamento e, portanto, têm menor tendência à viralização. Por outro lado, os conteúdos gerados por fontes de informação e marcas atiçam o lado influenciador do consumidor, que passa a ter o desejo de propagar essas mensagens.

Assim, as redes de atualização e temas de interesse são aquelas que potencializam a viralização de vídeos produzidos por marcas.

Segundo os consumidores, quanto menos pessoal é a plataforma, melhor ela contextualiza as mensagens da marca, uma vez que elas não concorrem com a foto da família e ou com o vídeo do gatinho.

A viralização das campanhas de marcas está tanto no poder de atração do seu conteúdo quanto no potencial da plataforma de criar um ambiente que estimule seu compartilhamento.

 

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