Empresas de agronegócio precisam defender causas
Mas as iniciativas devem ser feitas de forma natural e verdadeira
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Percorrer quilômetros e quilômetros de estradas nunca foi tão produtivo. Entre as várias lições, uma se destacou: a mudança de comportamento dos produtores rurais.
Não me refiro a maior utilização de ferramentas tecnológicas — tema que já abordei em outros artigos publicados no Meio & Mensagem —, mas sim de uma alteração na forma de pensar dos agropecuaristas.
Em várias conversas recentes com produtores rurais, percebi que eles estão cada vez mais engajados em movimentos que, verdadeiramente, defendem o nosso agronegócio. Este engajamento ocorre em reuniões presenciais ou ferramentas que possibilitam trocas de mensagens, com grande ênfase no WhatsApp e Telegram. Os temas são variados: a luta por uma justa tributação, apoio contínuo à pesquisa de campo, fim da burocracia que atrapalha a imediata liberação de novos produtos e mais incentivos para a instalação de fábricas agrícolas, entre vários outros nortes.
Esse grande interesse dos produtores rurais em defender causas contrasta, infelizmente, com o pouco, ou melhor, pouquíssimo, interesse das empresas do segmento em apoiar tais iniciativas. São raros os movimentos efetivos de empresas em prol de causas do nosso agronegócio. Por conta disso, muitos produtores sentem-se órfãos em muitas de suas ideias e ações concretas.
Cabe, então, um alerta: empresas de agronegócio precisam defender causas. Mas, cuidado: as iniciativas devem ser feitas de forma natural e verdadeira. Somente assim serão bem aceitas pelos produtores rurais.
*Crédito da foto no topo: Reprodução
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