Agências descobrem dados e inovação e, finalmente, entram no Século XXI
É mesmo na transformação total da cultura interna de toda a organização que reside o maior desafio. E, não por acaso, o maior triunfo. O definitivo
Agências descobrem dados e inovação e, finalmente, entram no Século XXI
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BuscarÉ mesmo na transformação total da cultura interna de toda a organização que reside o maior desafio. E, não por acaso, o maior triunfo. O definitivo
Deveriam ter percebido que dados e inovação eram a bola da vez para seus negócios e para os negócios dos seus clientes há, pelo menos, 10 anos. Pouco mais, pouco menos.
Mas agora a ficha caiu. E há hoje, em boa parte das agências, estruturas que, direta ou indiretamente, tratam de dados e outras que, de alguma forma, se aparelharam com recursos, próprios ou terceirizados, que endereçam as questões (sempre desafiadoras e escancaradamente abertas) ligadas à inovação.
Isso as coloca, uma década depois do que seria o ideal e 20 anos depois que ele começou, e finalmente, no século XXI, o século dos dados e da inovação.
Em ambos os casos, as agências optaram, em sua maioria, por terem uma base mínima interna que suporte as demandas das duas disciplinas e, para complementar, lançam mão de parcerias terceirizadas, empresas consultoras ou especializadas.
Tudo certo. Antes tarde do que nunca.
Para subir o sarrafo aqui um pouco mais, cabe registrar que essas operações vivem ainda, neste momento, fase inicial de implementação e não há ainda, efetivamente, nas agências, o que poderíamos chamar de uma cultura de dados e inovação. E essa é a parte mais difícil.
Contratar uma ou duas pessoas, ou um pouco mais que seja, vai, para as posições da head of data e head of innovation, é já um grande passo, mas é apenas o primeiro passo.
Falta, de fato, ter os data scientists e os hoje já cada vez mais tradicionais labs de inovação internamente na agência. É o passo estrutural necessário para a igualmente necessária evolução. Até porque os anunciantes estão alguns passos mais adiante das agências em ambas as áreas.
Só que até que o CEO, as altas vice-presidências e diretorias, além das demais áreas que compõem hoje a estrutura operacional das agências, compreendam, de fato, que essas são as atividades transformadoras do futuro dos negócios da agência, vai um tanto.
Essas que chamo aqui de camadas mais altas, em uma parte dos casos, desconhecem o que isso significa e o que de fato isso agrega às suas atividades e entregas aos clientes. Distantemente desconfiam. E alguns, isto é incrível, mas ainda resistentemente verdadeiro, nem sequer se esforçam ou se preocupam muito em saber. Tem esse tipo aí ainda, sim.
Pois é mesmo na transformação total da cultura interna de toda a organização que reside o maior desafio. E, não por acaso, o maior triunfo. O definitivo.
Dados são hoje a base de todas as ações de marketing. Sem dados não há marketing nos tempos que correm. E inovação é o driver, como já disse escancaradamente aberto, mas irremediavelmente indispensável, dos avanços. De todos os avanços. Isso porque fazer sempre mais do mesmo pode funcionar por um tempo, mas tende a não funcionar todo o tempo. Inovar é o truque para driblar a obsolescência e as agências lutam hoje contra sua própria obsolescência. Daí precisarem entender, de uma vez por todas, que inovação é vital.
Mas como comecei dizendo aqui, estão no caminho e iniciaram a jornada. Bem-vindas, agências, ao século XXI.
*Crédito da foto no topo: Eugenesergeev/iStock
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