Casa de ferreiro
As empresas, especialmente as de comunicação, se preocupam e dedicam tanto tempo com a comunicação de seus clientes que, de repente, esquecem de olhar para si mesmas e, em meio aos rodopios, perdem o norte
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(Crédito: FXQuadro/Shutterstock)
Desde pequena me intriga a repetição e suas implicações. A rotina ao mesmo tempo incomoda e traz segurança. Ela me ajuda, como uma bússola, a voltar ao norte quando rodopio demais.
Hoje, não tão distante da repetição, me intriga o tema da cultura nas empresas. Esse assunto, que às vezes é amplamente discutido e outras tantas esquecido no meio das tarefas diárias, tem ocupado meus pensamentos.
Cultura é um modo de ser. Ninguém aprende um modo de ser sem repeti-lo várias vezes. Mesmo que alguém aprenda rapidamente, só pode genuinamente incorporá-lo depois de um longo período de coerência e repetição.
As empresas, especialmente as de comunicação, se preocupam e dedicam tanto tempo com a comunicação de seus clientes que, de repente, esquecem de olhar para si mesmas e, em meio aos rodopios, perdem o norte.
As agências têm a criatividade estratégica como produto, e seu material é humano. É feita de gente. Gente que têm atitude, que troca ideia, discute, cocria, e que PRECISA de um norte. Quanto mais diversa for a equipe de uma empresa, mais rico será seu produto criativo. No entanto, também se torna mais desafiador organizar essas atitudes de forma a inspirar sem desrespeitar ou sufocar a criatividade.
Não, eu não considero isso uma bobagem, uma perda de tempo ou “coisa de quem está sem job”. Conhecer, disseminar e agir conforme valores coerentes com o negócio e seus líderes é, para mim, o óleo que azeita toda a engrenagem. Dando fruto$ aos negócios.
Convencida de que se trata de repetir, de forma coerente e consistente, um modo de ser cuidadosamente determinado, escolho acreditar plenamente no impacto positivo da cultura na vida empresarial. E você?
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