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Opinião

Case Juliette e o futuro do marketing de influência

Carisma, realidade e humanização são pontos fortes para quem quer encontrar influenciadores de impacto


22 de abril de 2021 - 17h31

(Crédito: Divulgação/Lara Imperiano)

Número altíssimo de seguidores não basta para Juliette. A sister tem engajamento e não é um engajamento comum. É algo com profundidade que pouquíssimos especialistas entenderam até agora. Juliette é um caso de influência na essência da palavra. Dentro e fora da casa do BBB 21. Muito mais do que um case sobre reality show. Isso porque ela tem tudo o que nos influencia a admirar alguém. Ela tem carisma, ela erra e ela é gente como a gente. Sem amarras, ela vive.

Dentro das telas da TV, essa vivência dela nos dá vontade de chacoalhar e dizer para ela parar de falar ou mesmo acordar para amizades tóxicas. Já nas redes sociais, seus administradores escolhem os momentos mais certeiros cruzados com a vida normal que Juliette tem fora da casa. A audiência já ultrapassa números estratosféricos de artistas que estão há décadas no mainstream e nas mídias tradicionais. São 22M de seguidores no Instagram e 2M no Twitter, as principais mídias de repercussão do programa. Segundo a ferramenta de mensuração Hype Auditor, a paraibana está entre os 20 maiores influenciadores no Instagram e com engajamento superior a Anitta, Beyoncé, Kim Kardashian e Cristiano Ronaldo.

E, é neste ponto que o match se torna perfeito. A influência é gerada a partir do momento em que você se vê na vida da outra pessoa. Quantas vezes a gente abre um post da sister e pensa: “Eu já passei por isso, eu já fui essa pessoa”. Aqui o famoso gatilho se aflora e você passa a se tornar a melhor amiga virtual de Juliette.

Juliette mostra que a influência está além dos números. Ela gera comoção, gera interesse, gera debate e acima de tudo uma identificação forte das pessoas. Assim, a influência na vida dos brasileiros — que a seguem tanto no reality como nas redes — se torna visceral, a ponto de já ter comunidades próprias que a defendem e engajam como se fosse da família e o que, consequentemente, a torna atraente para marcas que terão uma porcentagem de consumo proporcional aos números que ela gera.

Mas como isso pode ser aproveitado pelas marcas? O que eu mais ouço nesses sete anos dentro do marketing de influência são os clientes pedindo: “Quero a influenciadora X por conta de seus números”. E é aí que mora o perigo. Você precisa da influência e da vida real de Juliette e para isso é importante estar alinhado com uma criação de conteúdo e planejamento estratégico para a campanha. De que adianta você moldá-la do jeito que a marca quer? Temos que trazer a marca para a vida real do influenciador.

Por isso, o foco é a conexão que Juliette e tantas outras pessoas que são denominadas como influenciadoras geram. Uma marca só será aceita por essa comunidade de seguidores se tiverem um canal genuíno e verdadeiro para se relacionar.

E como isso pode ser feito? A palavra é co-criação e linearidade de discurso entre marca e influenciador. Quais são as verdades que Juliette e sua marca se assemelham? Quais são os propósitos compartilhados por ambas? Uma marca só faz um marketing de influência benfeito se está dentro do discurso realista de um influenciador. Além do alinhamento entre lugares de falas e posicionamentos que estão ainda mais transparentes durante esta época de pandemia.

Influência não se compra, influência se conquista. Influenciador não é vitrine. Influenciador é criação, costura e vida real ao lado de posicionamento. E é esse pensamento que está cada vez mais escasso no mercado. Marcas, fiquem atentas! Esse é o futuro que Juliette traça dentro do cenário de influência.

**Crédito da imagem no topo: mrPliskin/istock

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