ChatGPT: será que é o fim de redatores, jornalistas e relações públicas?
Há de se pensar, porém, que a utilização frequente desse tipo de ferramenta poderá enfraquecer certas habilidades desses profissionais como a escrita, interpretação e pesquisa
ChatGPT: será que é o fim de redatores, jornalistas e relações públicas?
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BuscarHá de se pensar, porém, que a utilização frequente desse tipo de ferramenta poderá enfraquecer certas habilidades desses profissionais como a escrita, interpretação e pesquisa
1 de fevereiro de 2023 - 10h00
“É, em 2063 iremos nos relacionar com robôs”. Essa é a frase que acabo de receber de um amigo pelo Whatsapp enquanto conversávamos sobre o impacto da chegada de modelos de linguagens avançadas, como o ChatGPT, em nossas vidas.
Pensando em como esses robôs irão interferir em cada profissional do mercado de comunicação há de fato preocupações sobre o futuro de profissões como redatores, jornalistas e profissionais de relações públicas. Mas antes, é importante mencionar que os modelos de linguagem baseados em inteligência artificial – IA, como o ChatGPT, têm a capacidade de gerar conteúdo de forma rápida e com impressionante precisão. E um questionamento inevitável que ocorre é: será que esses profissionais serão substituídos?
Pensando por esse lado, posso levantar aqui que esse robô inteligente poderá tornar tarefas rotineiras em algo que não precisemos mais despender horas para concluí-las, como a criação de resumos de notícias, traduções, e até mesmo textos publicitários, notas e press releases para imprensa. Assim, em tese, poderíamos nos concentrar em trabalhos menos processuais e mais estratégicos.
De fato, esses modelos já estão causando impactos no mercado, ao menos de maneira reflexiva, visto que ainda não temos a adesão majoritária de empresas que se beneficiariam dessa tecnologia, pelo menos por enquanto, visto que é uma alternativa muito nova e ainda precisa de aprimoramento e de desenvolvimento de segurança de dados, por exemplo, para ganhar a confiança de grandes empresas e diretores de marketing.
Mas como, então, poderíamos vislumbrar um futuro próximo para esses profissionais?
O ponto mais importante é que os modelos de IA ainda não possuem a capacidade de substituir completamente as habilidades humanas. Nós temos a incrível característica cognitiva de entender nuances, contextos complexos, sermos criativos e de nos conectarmos com o público de forma emocional. Isso, de fato, ainda me parece que esses robôs não são capazes de fazer.
Há de se pensar, porém, que a utilização frequente desse tipo de ferramenta poderá enfraquecer certas habilidades desses profissionais como a escrita, interpretação, pesquisa e desenvolvimento de diversos tipos de textos.
Por outro lado, se esses profissionais utilizarem toda sua característica humana aliada à inteligência artificial, utilizando-a unicamente como uma ferramenta, talvez pudéssemos ver um caminho mais harmonioso entre a substituição de seres humanos por máquinas e a utilização de máquinas por ser humanos onde, nesse cenário, as características interpessoais daquele profissional seriam o seu diferencial no mercado.
Utilizando esse modelo de linguagem baseado em IA como uma ferramenta aliada às capacidades humanas, como entender cenários complexos, enriquecer o trabalho trazendo experiências pessoais, incluir avaliações e interpretações, fazer ligações entre o que já foi vivido e incluir o mais importante, a emoção, pode ser o vislumbre de um caminho a se pensar nesse inevitável cenário catastrófico que inteligências artificiais nos fazem refletir.
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