Cinco formas como rádio + IA podem ajudar o publicitário

21 de março de 2025 - 6h00

Quando olho para trás, lembro-me claramente dos dias em que o rádio era apenas um meio de entretenimento e informação, sem tantas possibilidades de mensuração.

Hoje, com a chegada da inteligência artificial (IA), o cenário se transformou. Como especialista em tecnologia e estudioso do meio, venho aprendendo e descobrindo novas formas de explorar esse universo.

Neste texto, quero compartilhar com vocês como essa evolução vem facilitando a identificação de oportunidades e a criação de campanhas mais assertivas, de maneira simples e prática.

1. Insights sobre o comportamento do público

Ao analisar os dados, percebi que entender o comportamento dos ouvintes é fundamental para direcionar as mensagens de forma certeira. A IA nos permite mapear hábitos e preferências, identificando quais horários e conteúdos despertam mais interesse.

Exemplo: Faixas como início da manhã (por volta de 6h até 7h) trazem um enfoque maior em notícias e serviços, mas com participação de ouvintes engajados em temas rotineiros (meteorologia, trânsito, informação de utilidade pública).

2. Eficácia da programação

A tecnologia também possibilita otimizar a programação, ajustando a grade de acordo com as preferências do público. Essa sinergia entre programação e dados garante que cada faixa horária ofereça o conteúdo mais relevante, aumentando o engajamento.

Exemplo: Promover, dentro das faixas mais movimentadas, convites diretos à participação (pedidos musicais, opiniões em debates, quiz-relâmpago), pois a análise deste dia indica que a audiência responde prontamente quando há estímulos claros.

3. Impacto das promoções

Promoções bem estruturadas se beneficiam dos insights extraídos pela IA, permitindo medir com precisão o retorno de cada ação. Isso ajuda a afinar a estratégia, tornando as campanhas promocionais mais dinâmicas e eficazes.

Exemplo: Muitas participações ocorreram em horário próximo ao fim da tarde e à noite, evidenciando que o público se engaja em promoções quando já está mais livre dos compromissos de trabalho ou estudo. Assim, vale intensificar chamadas promocionais nesse período.

4. Correlação e sincronia

A grande sacada está em correlacionar diversas fontes de dados – desde pesquisas tradicionais e streaming até interações em WhatsApp, redes sociais e conteúdo OTA (Over-The-Air) – para criar uma visão completa do comportamento dos ouvintes. Essa sincronia permite que a estratégia seja ajustada em tempo real, garantindo campanhas coesas e integradas.

Exemplo: De acordo com o volume de conversas e tipos de mensagem, foram identificados picos de trocas de áudio e texto principalmente em dois momentos: próximo ao horário de almoço (13h às 14h) e à noite (22h às 23h), quando alguns blocos chegaram a 714 conversas em um único intervalo, o que corresponde a 18% da audiência regional do streaming.

5. Modelagem preditiva e insights estratégicos

Utilizar modelos preditivos é como ter uma bússola que indica as tendências futuras. Com isso, podemos antecipar mudanças na audiência e ajustar a estratégia antes mesmo que os desafios se concretizem. Essa visão prospectiva é o que torna as campanhas mais resilientes e adaptáveis.

Exemplo: Observou-se, também, que temáticas ligadas à saúde, bem-estar e cotidiano geram engajamento satisfatório, especialmente quando associadas a serviços locais (consultas, promoções de farmácias, descontos em academias).

Radio & IA, o aliado do publicitário

Minha jornada no universo do rádio, aliada às inovações trazidas pela IA, tem me mostrado que o potencial desse meio vai muito além do que imaginávamos. Convido você, publicitário, a explorar esses dados e insights na sua próxima campanha. Experimente integrar essas ferramentas à sua estratégia e transforme cada oportunidade em resultados concretos.