CMO, AI é tendência ou solução para seu negócio?
Navegar no mundo das inteligências artificiais envolve uma decisão de negócio feita lá atrás e quem não começou a investir nisso há dez anos já perdeu o tiro de largada
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Há mais de uma década, inteligência artificial é um tema presente nos painéis do SXSW. E todos os anos o movimento é o mesmo: recebemos depois do evento listas de insights e tendência, além de convites para eventos de download sobre essas tendências.
Na minha experiência como cliente liderando grandes marcas, e, depois, como CMO de uma startup de relevância no mercado, sempre me perguntei: quantos desses insights vão virar projetos capazes de gerar soluções reais de negócio?
Falo isso porque, vivemos num momento de transformações aceleradas. Não será como a era do digital, onde as transformações foram, ao longo do tempo, sendo absorvidas por marcas e agências e quebrando a barreira entre o on e o off de forma gradativa.
Apesar de a inteligência artificial ser o tema do momento, os investimentos necessários para o ganho de maturidade começaram no passado, com uma boa base enriquecida de dados. O ChatGPT está há oito anos em desenvolvimento, o Autopilot, da Tesla, também há oito anos, e a inteligência artificial do Publicis Groupe já está há sete anos aprendendo. Navegar no mundo das AIs passou por uma decisão de negócio feita lá atrás. Mais do que enxergar AI como uma tendência, entender que ela exigia investimento para garantir o aprendizado dessas inteligências, sempre conectado a uma boa base de dados.
Precisamos amadurecer o pensamento de que todos nós temos o mesmo acesso à IA, mas para que ela seja uma verdadeira vantagem competitiva, você precisa dos dados e da estrutura para integrá-la verdadeiramente ao seu negócio.
A futurista Amy Webb destacou, durante o SXSW, que a onda de inovação que está chegando com os superciclos é tão intensa, tão abrangente, que literalmente remodelará nossa existência humana.
AI já é um superciclo e os negócios que não investiram nos últimos dez anos já perderam o tiro de largada.
Por isso, tenho um critério muito claro de como olhamos as tendências. Mais do que levar os insights para frente, precisamos, assim como recomendamos aos nossos clientes, investir em transformações reais de negócio.
O futuro dos negócios, das agências, da mídia, da criatividade não existe mais sem AI no centro. E, diferentemente das outras inovações, quem a trata como uma tendência, pensando que o mercado terá os próximos dez anos para se adaptar, já está atrasado.
Minhas recomendações para as marcas na hora de escolher parceiros que vão ajudar a transformar a “tendência” da AI em transformações reais de negócio são as seguintes perguntas:
– Qual é o número de usuários que vocês têm na base de dados?
– Há quantos anos o seu negócio investe no enriquecimento de dados capazes de ajudar a minha marca a entender melhor o meu cliente?
– Já existe algum modelo de integração capaz de se conectar à minha base de dados?
– Hoje, AI é uma solução na agência usada apenas para consulta? Ou ela já é parte dos modelos de otimização das campanhas?
– Existe alguma ferramenta proprietária de AI aprendendo com esses dados gerados para garantir soluções cada vez mais eficientes para o meu negócio?
– Como as suas soluções estão se integrando com as principais soluções de AI como OpenAI, Adobe, Amazon e Microsoft?
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