Assinar

Colisões transformadoras são o motor para nutrir a criatividade

Buscar

Colisões transformadoras são o motor para nutrir a criatividade

Buscar
Publicidade
Opinião

Colisões transformadoras são o motor para nutrir a criatividade

A discussão do momento atende à questão contemporânea turbinada pelas mídias sociais: a troca frenética de conteúdo entre as pessoas


24 de maio de 2018 - 18h00

 

Crédito: jbd30/iStock

O C2 Montreal é impactante, chama a atenção pela forma e pelo conteúdo. O warm-up digital que antecede a conferência é impecável, newletters com manuais de sobrevivência, shots de conteúdo e tools personalizados fazem você chegar no evento ansioso para ouvir todos os palcos ao mesmo tempo. Mas, quando chega ao evento, não é o só o conteúdo que chama a atenção. O formato é impressionante.

O evento acontece durante três dias no Arsenal, um espaço grande com dois palcos principais para as conferências, uma praça com food trucks, um espaço com quatro salas criadas para facilitar os workshops colaborativos, uma estação de streaming, um aquário de transmissão ao vivo do Facebook, corners para labs e viagens existenciais, instalações, esculturas, neons, espaço para braindates, estação aberta para debates com profissionais selecionados, trailers (de beleza, wellness, leitura), bikes, músicos e clowns passeando entre os passantes. Tudo propositalmente pensado em formatos circulares para promover constante interação. Ficou com uma sensação de muita coisa? É isso mesmo. O propósito do C2 é estimular a criatividade e fazer a cabeça rodar a mil com uma proposta visual 100% “instagramável”.

A discussão do momento atende à questão contemporânea turbinada pelas mídias sociais: a troca frenética de conteúdo entre as pessoas. A cada troca, uma nova colisão. E é daí que emerge a discussão: colisões são preciosas e podem ser transformadoras se diminuirmos a violência na nossa forma de comunicar. Para debater o tema central da conferência, a curadoria do C2 concebeu um ecossistema que mistura criativos, líderes de grandes marcas, condutores de grandes veículos de mídia, ativistas sociais, pesquisadores e talentos prodígio com menos de 16 anos.

Eis alguns pontos-chave que podem contextualizar um pouco do primeiro dia da conferência:

— Não há criatividade sem aceitação e verdade. Como você fala com você mesmo?
“Progresso está 100% ligado à criatividade. Se seguirmos tolhendo nossa criatividade pelo medo que temos de ser nós mesmos, não progrediremos e isso está diretamente relacionado ao ambiente no qual estamos inseridos. Para criar ambientes criativos, devemos criar nossos filhos corretamente e isso implica em aceitação verdadeira, e não em tolerância. A aceitação verdadeira se dá quando passamos os nossos valores através de ações, por exemplo: Não falem mais em gêneros feminino e masculino, falem em naturezas complementares, não adianta ensinar a não ser”. Sophie Grégoire Truedeau (gender equality activist).

— Human Centered Tech: Você precisar ser parte da invenção do futuro.
“A mídia está cada vez menos centralizada e a vemos se movimentando em tempo real. Nós somos a mídia e colidimos com outros constantemente nos formatos que acessamos. Fiquem atentos a formatos cada vez menos definidos.” Jessica Lauretti (Ryot Studio).

— Verify then trust
“Social media é sobre extremos. Já pensaram nisso? Fake news, discursos de ódio ou de amor viscerais. Parece familiar? Vivemos na era da apelação pela atenção e o recado é claro: sejam responsáveis pela responsabilidade de vocês. Verifiquem as informações antes de compartilhar e reconheçam a emoção que querem causar ao outro.” Craig Silverman [Buzzfeednews]

— Sense of belonging

“Nós sabemos que podemos ajudar o próximo. Mas sabemos por que? Porque somos diferentes. Simples assim. Sofremos a síndrome do pertencimento quando o enriquecimento está em ser diferente. “ (Você já anotou algo e não conseguiu entender a sua própria letra alguma vez? Fica aqui o meu pedido de desculpas por não inserir o nome da autora).

— Com-mu-ni-cate
“From a better story to a better conversation.” Andrew Revkin (National Geographic Society)

O recado que o C2 passa é que somos responsáveis pelo ambiente que criamos e não é à toa que a empatia ganhou força. É sobre repensar lideranças, ideias e estereótipos.

 

*Crédito da imagem no topo: Fotolia

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Além do like

    O papel estratégico da área jurídica na relação entre marcas e influenciadores

  • A consciência é sua

    A consciência é sua

    Como anda o pacto que as maiores agências do País firmaram para aumentar a contratação de profissionais negros e criar ambientes corporativos mais inclusivos?