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Opinião

Como a publicidade digital pode ser impulsionada pelo AIoT?

Qual é a oportunidade que a junção de IA e IoT proporciona às marcas, quando se trata de publicidade?


15 de janeiro de 2020 - 13h48

(Crédito: AndreyPopov/istock)

As mudanças na maneira de uso dos aparelhos estão cada vez mais evidentes. Com a chegada da internet das coisas (IoT), os aparelhos eletrônicos são interconectados e permitem uma interação completa da casa com o usuário e a automação de processos corriqueiros. Com a inteligência artificial (AI), a facilidade vem do armazenamento de dados e da facilitação das tarefas diárias com os insights gerados pelo cruzamento deles. Mas qual é a oportunidade que a junção dos dois proporciona às marcas, quando se trata de publicidade?

Para responder, é preciso entender quais são os benefícios que a inteligência artificial das coisas (AIoT, na sigla em inglês) traz para o usuário. Primeiro, a questão evidente da praticidade — a interconexão e a capacidade da máquina em tomar decisões permite otimizar a rotina do consumidor. Essa otimização também pode vir como uma questão de economia de tempo ou dinheiro: pela parceria com varejistas pode-se garantir um abastecimento mais rápido da casa, por exemplo.

A AIoT também desburocratiza o consumo. Alguns speakables de hoje, por exemplo, funcionam com skills (habilidades que podem ser adicionadas aos assistentes virtuais) e conseguem entreter o consumidor durante o dia, pela integração de diversos serviços parceiros e funções inteligentes, como buscas, músicas e informações.

Para a publicidade, essas duas características do AIoT são ricas e oportunas porque oferecem às marcas uma nova forma de gerar experiências imersivas e em contexto para o usuário. Assim, um speakable poderia sugerir a uma pessoa que perguntasse sobre a previsão de chuva daquele dia, um carro de aplicativo ou a geladeira poderia lembrá-la das bebidas alcoólicas em promoção no supermercado ao lado às sextas-feiras, com alguns dias de antecedência.

Essa experiência acontece por conta do ambiente em que está inserida e as informações disponíveis. Estando em sua casa, o consumidor configura suas máquinas de acordo com suas preferências e concorda em ceder esses dados aos hubs de audiência, o que permite gerar insights muito específicos sobre ele. Além disso, pelo fato de estar em casa, ele está mais atento, relaxado e propenso a interagir com uma estratégia publicitária de qualidade.

É aí que a programática entra: com os dados fornecidos pelo consumidor, é possível construir uma persona mais fiel para as marcas e entregar, de uma maneira conectada e multicanal, criativa e em tempo real, uma experiência que aumente a relevância da marca para esse público-alvo. Isso pode ser feito pelo estudo dos dados dessa pessoa para a geração de insights e a criação de ações sincrônicas, como o TVsync e o áudio programático.

Por isso, o desenvolvimento do AioT é valioso não só pela qualidade de vida que as casas e os negócios inteligentes vão proporcionar ao consumidor final, mas também pela oportunidade para as marcas de se aproximarem do consumidor e imergi-lo em seus universos.

**Crédito da imagem no topo: Grapestock/iStock

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