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Opinião

Como CEOs podem conquistar seu espaço na mídia

Embora pressionados a se posicionarem sobre temas variados, é preciso um planejamento cuidadoso, para evitar crises desnecessárias e risco reputacional


10 de abril de 2025 - 14h00

No mundo hiperconectado em que vivemos, não se deve perder oportunidades de ocupar espaço na arena do debate público. O ambiente multimídia foi uma disrupção inédita no fazer jornalístico e empoderou milhares de usuários das novas mídias. Em meio a essa polifonia de vozes, como atrair a atenção? E mais importante: como criar vínculos?

Com a ampliação do acesso ao público, as instituições passaram a ter o desafio de garantir a coerência das mensagens em diferentes plataformas de relacionamento, que utilizam linguagens tecnológicas inovadoras. 

Muitas vezes, não é mais opcional para uma empresa estar ou não nas redes sociais.  Afinal, é onde vários públicos e veículos se encontram e constroem relações de confiança, gerando pontes capazes de influenciar pessoas unidas pelos mais diversos valores, interesses, familiaridades, em um ambiente complexo e heterogêneo.

Pesquisas recentes divulgadas no Financial Times apontam que, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 35% nos profissionais de alto escalão no LinkedIn nos EUA e de 30% no Reino Unido. No mundo todo, a presença de executivos nessa rede cresceu 23% em um ano, consagrando o LinkedIn como uma extensão da marca corporativa, visto que ela ajuda CEOs a construírem conexões mais pessoais com seus seguidores. 

Para Dan Shapero, diretor de operações da plataforma, isso ocorre porque “muitas vezes é mais fácil construir confiança com as pessoas do que com as marcas corporativas”.

Essa visibilidade vem acompanhada de uma pressão cada vez maior para que os CEOs se posicionem sobre temas variados, muitas vezes controversos. Por isso, antes de publicar posicionamentos é preciso um planejamento cuidadoso, para evitar crises desnecessárias e com risco reputacional. 

A comunicação bem-sucedida requer técnica, estratégia e preparo. E a conquista do espaço na arena midiática é fruto de um trabalho cuidadoso que começa com a pergunta: qual é a melhor maneira de contar a minha história?

É preciso ter em mente que, na era da transparência, a atenção do público se tornou o ativo mais valioso – e o mais desafiador. Não se trata de uma missão modesta. Afinal, em meio a um ciclo informacional de ininterrupta volatilidade, não são poucos os competidores por segundos que seja de disponibilidade e interesse.

Estamos diante de uma sociedade constantemente bombardeada por estímulos visuais e sonoros e que, como forma de se adaptar a esses estímulos, tornou-se desatenta e consequentemente mais exigente.

Nesse contexto, saber se comunicar é o principal alicerce para estabelecer relacionamento e engajamento. É importante lembrar: informar não é comunicar. Todos podem transmitir informações, mas o verdadeiro desafio consiste em estabelecer vínculos. Comunicar-se envolve negociação, compartilhamento e requer a escuta tanto quanto a fala.

A busca por expressar uma visão equilibrada, racional e desprovida de paixão pode representar a chave para transitar nos mais diferentes meios, inclusive nos midiáticos.

No entanto, fazer parte do universo multimídia não significa romper com os meios tradicionais da imprensa. Esse divórcio não é interessante em nenhum aspecto. Veículos como rádios, portais de notícia e TVs são reconhecidos como autoridades em determinados temas, são fontes de prestígio e credibilidade e possuem um alcance sem igual.

Apesar da pressão escalonada para que CEOs atuem como influenciadores nas redes sociais, abrir mão do relacionamento com a imprensa é dar margem a distorções de opinião e abrir espaço para a concorrência construir um canal positivo.

CEOs que desejam conquistar seu lugar na mídia precisam aliar estratégias de visibilidade com um posicionamento autêntico, mais humanizado e uma comunicação assertiva. Em um cenário de polifonia de vozes, aqueles que dominam a arte da comunicação constroem pontes, conquistam confiança e deixam marcas, transformando cada interação em uma oportunidade de influência e liderança.

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