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Opinião

Como o marketing de influência está democratizando o esporte

A inclusão de influenciadores digitais na cobertura das Olimpíadas não é apenas uma estratégia de visibilidade, mas uma verdadeira mudança de paradigma


7 de agosto de 2024 - 19h56

Há 15 anos, nós estávamos sentados em nossos sofás e esperando uma única emissora exibir tudo aquilo que ela achava interessante para o público sobre as Olimpíadas. Hoje, em Paris, nós podemos escolher onde, como e quando assistir. Temos opções dinâmicas e em tempo real, com investimento até em influenciadores que estão divulgando ativamente os jogos. Estamos na era da democratização do esporte. Sim, o marketing de influência tem muito a ver com isso.

A história das transmissões das Olimpíadas é um testemunho do avanço da tecnologia e do consumo de mídia. Desde a primeira transmissão de rádio em Paris-1924, passando pela televisão em Berlim-1936, até as transmissões internacionais em preto e branco de Roma-1960, a evolução tem sido notável. A digitalização plena foi atingida em Atlanta-1996, e no Rio-2016, além do mais, o Instagram revolucionou a forma de acompanhar as competições com a introdução dos stories. Hoje, em Paris-2024, os influenciadores digitais representam a próxima fase dessa evolução, oferecendo uma cobertura mais dinâmica e interativa dos Jogos.

A inclusão de influenciadores digitais na cobertura das Olimpíadas não é apenas uma estratégia de visibilidade, mas uma verdadeira mudança de paradigma. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) reuniu um time de influenciadores intitulados como “padrinhos” e “madrinhas”, que estão encarregados de engajar o público e fazer a transmissão dos jogos de forma dinâmica. Alguns dos escolhidos para essa ação são esportistas, como Pedro Scooby e Zico, outros são influenciadores, como Larissa Manoela, Casemiro, Hugo Gloss, Sabrina Sato, entre outros.

A estratégia de dar mais espaço para o marketing de influência no esporte ajuda diretamente na democratização com as novas gerações. Uma pesquisa da sproutsocial revela que 47% da Geração Z presta mais atenção a conteúdos de influenciadores com um grande número de seguidores, associando isso à credibilidade. Além disso, 35% desse grupo busca autenticidade, enquanto os Millennials procuram uma conexão de valores. Esses dados demonstram como os creators podem criar um vínculo emocional e autêntico com seu público, algo que as transmissões tradicionais muitas vezes não conseguem alcançar.

Os criadores de conteúdo do nicho esportivo serão peças chaves para a divulgação dessa nova fase, afinal, a transmissão em plataformas digitais está em ascensão e, um belo exemplo disso é o Cazé. A cobertura da Eurocopa pela Cazé TV nos mostrou o que é ter o esporte na palma de nossas mãos. Ainda que nascendo para transmissões ao vivo, o canal atraiu diversas marcas, nomes do futebol e principalmente, audiência. O próximo passo é ainda mais ousado, a cobertura das Olimpíadas, onde o Youtuber vai trazer a cobertura completa de diversas modalidades em tempo real, além de trazer um resumo de tudo que está acontecendo durante os jogos, de maneira prática e atrativa.

O marketing de influência está revolucionando a maneira como os eventos esportivos são promovidos e consumidos. As Olimpíadas de Paris 2024 são um exemplo claro de como essa estratégia pode engajar audiências de maneira autêntica e significativa, democratizando o acesso à informação e criando novas oportunidades para atletas, influenciadores e pessoas que não tem poder aquisitivo para assinar plataformas pagas. Ao abraçar essa tendência, estamos testemunhando uma nova era no marketing esportivo, onde a conexão e a autenticidade são as chaves para o sucesso, com novas formas de assistir os jogos e mais fácil acesso para todos, por plataformas de streaming como canais no Youtube, por canais de televisão, ou até mesmo pelas redes sociais.

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