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Opinião

Como será nossa indústria na Era da Mídia Infinita?

A conectividade de altíssima performance será espalhada e pulverizada por todas as coisas que possam ser conectadas e viveremos um espaço sem fim de possibilidades e oportunidades


10 de março de 2020 - 10h42

(Crédito: Ktsimage/ iStock)

O consumidor virou o palco do caos.

Atolado e entupido de informações e mensagens, tornou-se não só disperso, como atônito. Por vezes, como sabemos no caso de cada um de nós, meio paranoico também.

As escolhas parecem se diversificar em todas as direções, avassaladoras, propondo tudo, o tempo todo, agora.

Para piorar, vai piorar.

Estamos na antessala da Era da Mídia Infinita, o que vai tornar essa ordem uma desordem ainda mais confusa.

Mas o que é a Era da Mídia Infinita?

Você sabe. É a era em que tudo, em todo lugar, vai virar mídia.

Tenho falado bastante sobre o tema nos últimos, pelo menos, cinco anos, porque essa tendência se manifestou mais claramente nesse período, embora esteja sendo cozinhada pela história e pelo desenvolvimento do homem a bem mais tempo. Alan Turing, o matemático inglês que quebrou o código de mensagens dos alemães lá na Segunda Guerra Mundial e criou as bases da computação moderna e da inteligência artificial, deu o pontapé inicial nessa transformação.

Mas outro dia falamos disso.

Hoje, quero falar do caos que se aproxima. Prenhe de mais confusão, mas igualmente repleto de… bem… de também infinitas novas possibilidades para nossa indústria.

Então, vamos baixar a bola, para você não ficar pensando que isso é para daqui a uns 20 anos, alertando-o que não só já começou, como em dois ou três anos o bicho vai começar a pegar feio.

A 5G e a internet das coisas invadirão o planeta. Se o Mobile World Congress (MWC) de Barcelona não tivesse sido cancelado este ano por conta dos riscos do coronavírus, codinome Covid-19, veríamos que os avanços estão caminhando numa velocidade acelerada. E que, já em 2022, mas certamente a partir de 2023/2024 em diante, em algumas regiões do planeta, começando pela Ásia, invadindo os Estados Unidos, depois Europa, para, finalmente, chegar a regiões mais privilegiadas do Brasil, e que, portanto, a Era da Mídia Infinita está chegado sem dó.

Isso porque a conectividade de altíssima performance será espalhada e pulverizada por todas as coisas que possam ser conectadas e viveremos um espaço sem fim de possibilidades e oportunidades, mas também um desafiador ambiente de gestão de um inventário composto por trilhões de pontos de contato. Isso é a Era da Mídia Infinita.

Detalhando o problema para alguns profissionais clássicos do nosso negócio:

O profissional de marketing — os gestores de marketing já andam perdidões diante de tantas alternativas que agora caíram sobre sua cabeça, tendo que ser responsáveis também por conhecimento tecnológico, geração de conversão e vendas, sendo, ainda, adicionalmente cobrados também pela performance de resultado na última linha do negócio. Pois bem, na Era da Mídia Infinita, tudo isso só vai piorar, porque ele terá que gerir infindáveis táticas concomitantes de abordagem e engajamento do consumidor perdidão a sua marca. Com trilhões de pontos de ativação e contato nas mãos. Tá fácil.

O profissional de mídia — esse então nem se fala. Hoje ele também já sofre com as alternativas on e off à sua disposição, imagine na Era da Mídia Infinita.

O profissional de criação — esse acha que nada disso é com ele, já que o papo da criação é criar a Big Idea e deu. O resto é responsabilidade dos outros. Pobre, ingênuo profissional de criação. Um tsunami desafiando sua atividade e ele lá, na Big Idea. Sei. Pois na Era da Mídia Infinita, se não cair na real, vai ficar criando Big Ideas para o vento, porque com trilhões de pontos de contato para distribuir mensagens, a Big Ideia serve para pouca coisa.

Então, é o fim de tudo, certo?

Nada. É o começo de uma nova e muito mais rica indústria da comunicação e do marketing para todos nós.

Então, vamos a como isso será resolvido.

Pois será a mesma tecnologia que nos colocou nessa enrascada que virá em nosso socorro.

Administrar trilhões de pontos de contato não será trabalho humano, será trabalho de máquina, inteligência artificial e algoritmos.

As ações de comunicação e venda serão geridas e distribuídas por uma rede que se apoiará na mesma 5G e internet das coisas para atingir cada um dos trilhões de pontos de contato em tempo real. Isso é distribuição e logística, se assim podemos chamar.

Com dados bastante precisos de consumidores e grupos de consumidores, na Era da Mídia Infinita os computadores vão falar com os pontos conectados e eles com as pessoas.

E o que caberá aos profissionais do nosso mercado? Pensar, analisar, projetar, planejar e criar. As atividades que o homem mais faz melhor e que, pelo menos ainda por enquanto, as máquinas não dominam com a mesma excelência que nós.

A riqueza a que me referi é que nunca tivemos diante de nós tantas possibilidades de contato e, portanto, tantas vias para disseminarmos nossas ideias e conceitos, seja de marketing, de comunicação, criação ou de vendas.

Dá um frio na barriga, mas montanha-russa também dá e é uma atração de sucesso nos parques de diversão.

Solte os braços, abra a mente, abrace a ideia de infinitude e vamos nos divertir nessa montanha russa que será a Era da Mídia Infinita.

*Crédito da foto no topo: Cyber/ Pixabay

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