25 de novembro de 2022 - 14h00
(crédito: shironosov/istock)
Quando nos deparamos com o atual momento político e econômico do país versus um fim de ano mais do que especial, com três grandes eventos juntos, temos um cenário bastante desafiador. E, diante dele, precisamos saber aproveitar o novo e amplo leque de novas oportunidades, com grandes chances de crescimento, tendo em vista, também, a aceleração do digital e dos avanços tecnológicos, que evoluíram de forma exponencial nestes dois últimos anos.
A indústria irá promover centenas de promoções e campanhas para estimular essas datas e atender uma demanda talvez ainda reprimida pelos efeitos da pandemia, mas com projeções vantajosas e uma grande expectativa de um retorno lucrativo, após um longo período de retração. Olhando para os três grandes eventos deste ano, existe uma expectativa de mais de 12% de crescimento para o varejo neste último semestre, ao compararmos com os primeiros seis meses do ano. A projeção é da ABV (Associação Brasileira do Varejo).
O varejo mudou muito e passamos por dezenas de transformações, sendo a principal delas, com o próprio consumidor e sua forma de comprar, interagir e se envolver com o tema. E mesmo as lojas físicas precisam se atualizar e se adaptar diante deste novo momento. É necessário estarmos atentos às oportunidades para cada produto e serviço, assim como para as respostas e as sinalizações que a audiência nos dá o tempo todo.
A inflação, a alta de juros, o aumento do endividamento das famílias, o aumento no valor dos fretes, assim como reajustes das taxas cobradas pelos marketplaces refletem e muito toda essa cadeia. Segundo o Google Insights, 56% dos brasileiros acreditam que os impactos na economia afetam a forma de como engajar com a Copa do Mundo. Por outro lado, temos um oceano imenso referente a venda de artigos de esportes e até mesmo eletrônicos.
Ainda segundo o Google + Offerwise, 86% dos brasileiros pretendem acompanhar o mundial e, para 47%, o envolvimento já é maior do que na última Copa. De fato, as compras começarão no mês de novembro, com o start da Black Friday – que terá, igualmente, um enorme apelo, uma vez que a virada da Black será no mesmo dia do primeiro jogo do Brasil. Os segmentos de decoração, roupas, bebidas e alimentos considerando, também, as plataformas de entregas, deverão ter um forte crescimento durante este fim de ano.
O que irá ajudar a contribuir para uma maior diferenciação é o olhar para a estratégia de marketing e comunicação, visto que teremos milhares de marcas comunicando tudo ao mesmo tempo e competindo entre si. Este olhar deve ser afiado, já com o mapeamento de uma queda brusca nas buscas durante os jogos e um aumento significativo após os jogos, ou seja, temos que mirar em capturar e impactar o consumidor dentro dessa jornada, com foco na conversão em resultados.
Acredito que estamos caminhando numa evolução interessante e, a cada ano, esse momento se adequa às necessidades que vivemos, seja olhando para o físico ou digital, consumidor antigo ou consumidor novo. As pessoas aprenderam a pesquisar mais, a negociar mais, a exigir mais pelo processo fluido de compra e entrega. O que vemos no futuro é um resultado que passe por uma maior integração entre estes dois ambientes de compra, com um atendimento ainda mais personalizado, mesmo no online, e uma melhor fluidez na experiência de pagamento e recebimento.
E que venham mais eventos e novas oportunidades para o aquecimento de nosso mercado, com a provocação de novas ideias e estratégias ousadas para as marcas!