31 de outubro de 2023 - 6h00
Muito se discute sobre como na era digital cada um de nós assume também o papel de ser a sua própria marca. Mas aqui neste artigo proponho uma reflexão diferente para aprofundar esse debate: se somos donos da nossa própria marca, assim como da nossa carreira, o que estamos fazendo para nos manter relevantes?
Independentemente de onde estejamos neste momento, há algo que precisamos alimentar e que particularmente considero uma das principais fortalezas de qualquer profissional, de qualquer área ou segmento de atuação: REPERTÓRIO.
Você já deve ter escutado falar no conceito de lifelong learning. A expressão é um reflexo da necessidade de acompanharmos o ritmo intenso das transformações ao nosso redor. Mas como isso se traduz na prática?
Sabemos que o dia a dia pode nos deixar engessados, mas fomentar a cultura do conhecimento e estar aberta a novos modelos é uma das grandes alavancas e prioridades que tenho ao olhar para o time. Para subirmos a barra e elevarmos o nível da entrega, procuro instigar a curiosidade e trocas entre a equipe, que nos retroalimentam e inspiram, para que eles, assim como eu fiz (e faço) ao longo da carreira, tenham BAGAGEM. E é através dessa construção que desenvolvemos aprendizados valiosos.
Muita gente me pergunta como construir uma Love Brand desconsiderando que as pessoas é que constituem o repertório da marca e não o contrário. A marca é feita de pessoas, por isso é fundamental mantê-las estimuladas e ter verdade naquilo que estamos fazendo. Só dessa forma conseguiremos impactar genuinamente o público.
Precisamos ter uma escuta ativa, aproveitar as oportunidades, garantir a consistência e estratégia. Simples? Não. Mas trago uma provocação sobre algo simples que muitas vezes pode ser ignorado: o quanto você absorve das informações ao seu redor? E o quanto você filtra?
A escuta também deve ser estratégica, afinal, quando ela está ativa, o mundo vira uma grande fonte de inspiração. Frequentemente bloqueio a agenda para ouvir pessoas, fornecedores, projetos. Acho extremamente necessário esse diálogo mais próximo, manter a chama da curiosidade acesa e ter a humildade de aprender. Se não consigo participar de um evento, pesquiso sobre o que foi discutido. E a partir disso, o conceito de lifelong learning ganha uma nova interpretação.
Quanto mais estivermos abertos à troca e novos olhares, mais nos desenvolvemos. É preciso entender que não há fim para o processo de aprendizado, e esse talvez seja nosso ponto mais valioso enquanto profissionais.