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Opinião

E você, já está no horário nobre da jornada do consumidor?

As marcas estão revendo os canais onde aportar seus investimentos; ganham aqueles que apresentarem retornos mais assertivos e eficientes


14 de novembro de 2019 - 6h20

(Crédito: Negative Space/Pexels)

A disrupção provocada pelos e-commerces, há pouco mais de duas décadas, mudou por completo o jeito de vender em todo o mundo. Com a consolidação das plataformas de comércio eletrônico, o vendedor ampliou exponencialmente sua capilaridade, e as inovações promoveram uma transformação definitiva na comunicação com o consumidor. Aos poucos, o olho no olho deu lugar para o olho na tela.

Atualmente, os consumidores brasileiros passam, em média, nove horas por dia conectados e atentos às marcas presentes no ambiente online. O faturamento do e-commerce no Brasil saltou de R$ 500 milhões, em 2001, para uma estimativa de mais de R$ 60 bilhões este ano, segundo dados do Ebit. Uma evolução excepcional e com perspectivas ainda melhores quando olhamos para todo o investimento bilionário que vem sendo aplicado no mercado brasileiro para tornar a experiência cada vez mais fluida e personalizada.

Tendo em vista as oportunidades, as marcas podem, e devem, aproveitar todo esse potencial para nadar de braçada em um segmento que concentra uma audiência superqualificada: os marketplaces. Os números sobre seu alcance são reveladores. Uma pesquisa recente da GFK aponta que e-commerce e marketplaces são as principais fontes de pesquisa de 51% dos brasileiros, deixando em segundo lugar os buscadores, com 31% da preferência dos usuários que procuram por produtos na internet.

Ainda há uma grande carência por insights mais profundos sobre a jornada do consumidor. Mas, atentos ao seu potencial, os marketplaces estão se estabelecendo como veículos de mídia e preenchendo essa lacuna. E, no Brasil, esse movimento dá seus primeiros passos. Os maiores marketplaces já têm áreas robustas de publicidade, com times de vendas, BI, insights e marketing. No mundo, já encontramos mercados mais maduros como a China, onde 32% dos aportes publicitários online são destinados ao maior marketplace do país, seguido pelos EUA, com 9%.

Essas plataformas de vendas online têm uma enorme capacidade de chegar ao consumidor no momento que ele está em busca de uma ação de compra. Isso porque e-commerces e marketplaces são fontes inesgotáveis de dados sobre a jornada do consumidor. Do topo ao final do funil. E dentro deles é possível mapear toda a experiência dos consumidores.

E, com todos esses esforços, chegamos no potencial máximo do mercado de e-commerce no Brasil? Longe disso. No entanto, as referências mundiais nos mostram que o ritmo de crescimento do setor deve se manter. Enquanto na Ásia 22% das vendas já são transacionadas de forma online, no Brasil, as compras pela internet têm ainda uma presença tímida — não passam de 5% do varejo total. É um mercado gigantesco a ser explorado.

Com intenso estudo de dados provenientes das plataformas de e-commerce é possível gerar insights acionáveis para empresas de todos os tamanhos que querem entender melhor seu consumidor e potencializar suas vendas. Diversas indústrias no Brasil como as de bens de consumo, eletrônicos, moda, beleza, e até o automotivo já identificaram o poder desse novo canal de mídia.

E não é difícil entender a razão pela qual as plataformas de comércio online conquistam cada vez mais consumidores. O setor está investindo pesado para derrubar barreiras que vão da extensão continental do Brasil até o medo do brasileiro em realizar uma compra online. Plataformas integradas de pagamento e serviços financeiros, centros de distribuição automatizados, malhas logísticas que oferecem entregas next day e sistemas antifraude são exemplos das inovações que trazem cada vez mais capilaridade e sortimento para as plataformas.

O debate é oportuno. Estamos em um momento em que todas as marcas estão revendo os canais onde aportar seus investimentos. Ganham aqueles que apresentarem retornos mais assertivos e eficientes. E, hoje, quem detém maior valor é quem tem acesso à jornada do consumidor, conseguindo prover a experiência que ele procura, de forma simples, segura e de qualquer lugar onde estiver. Já não basta mais estar na internet, é preciso marcar presença no horário nobre dessa jornada. E podemos dizer que, certamente, ele se encontra no marketplace.

**Crédito da imagem no topo: Pixabay/Pexels

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