Estratégias de sucesso para a adoção do Open Talent

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Opinião

Estratégias de sucesso para a adoção do Open Talent

Conceito existe há mais de uma década, mas ainda representa desafio para algumas empresas


17 de janeiro de 2024 - 14h00

O conceito de Open Talent, existente há mais de uma década, ganhou destaque significativo durante a pandemia, redefinindo as relações de trabalho em todo o mundo. Mas apesar deste crescente cenário, a adoção do Open Talent ainda apresenta desafios para algumas empresas. Superar possíveis resistências internas, redefinir processos de gestão e garantir a colaboração eficaz entre talentos independentes e equipes internas são elementos cruciais nesse processo.

Tenho observado atentamente este cenário e compartilho aqui algumas dicas sobre como empresas podem adotar o Open Talent de maneira eficaz, promovendo uma transição suave e colhendo os benefícios da colaboração flexível.

1. Alinhamento de expectativas e objetivos de cada projeto
É fundamental que, desde o início, sejam estabelecidas as expectativas e os objetivos dos projetos de forma clara. Isso inclui prazos, metas específicas, qualidade esperada e métricas de desempenho. Eu sempre indico manter canais de comunicação abertos e transparentes para garantir que os talentos compreendam as expectativas técnicas e comportamentais, se adaptando mais rapidamente.

2. Clareza sobre as regras de Compliance
Cada empresa deve definir, de acordo com suas políticas de compliance, as regras de confidencialidade que serão aplicadas para os talentos externos, inclusive com assinatura de termos de confidencialidade específicos e diretrizes claras para evitar potenciais conflitos de interesse, visto que um profissional externo pode trabalhar para múltiplos clientes. Além disso, é fundamental garantir que esses talentos compreendam e respeitem os protocolos de segurança e privacidade das empresas.

3. Sinergia cultural
Ao incorporar esse modelo de trabalho, é fundamental que as empresas tenham uma compreensão clara e articulada da sua cultura organizacional. Isso inclui valores, missão, visão e as práticas de trabalho. Quando a cultura é bem definida, fica mais fácil para a rede de talentos entender e buscar profissionais que se adaptem a ela. Importante destacar também que a entrada de um time externo traz agilidade e resultados a partir de competências que as empresas não necessariamente possuem em seus quadros de colaboradores, contribuindo para uma cultura mais dinâmica e inovadora.

4. Intercâmbio de experiências
O envolvimento de especialistas externos pode proporcionar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para os funcionários internos. Eles podem adquirir novas habilidades e insights trabalhando ao lado de profissionais com repertórios e conhecimentos diferentes, o que pode ser extremamente benéfico para os colaboradores e também para as organizações no longo prazo. No entanto, é preciso ser intencional na retenção e na disseminação dos aprendizados gerados, a partir de uma sistematização do conhecimento baseada numa tríade de cultura, processos e ferramentas.

5. Composição estratégica: Open Talent e investimento em equipe interna
Independente do período de contratação de profissionais dentro do modelo Open Talent, que pode ser pode ser por dia, meses ou anos, variando conforme cada projeto, é importante que as organizações equilibrem a integração desses talentos externos com o investimento contínuo no desenvolvimento de seus funcionários internos. Esse ponto contribui para a formação de um ambiente de trabalho colaborativo, onde a troca de conhecimentos e a segurança psicológica sejam uma norma, beneficiando o desenvolvimento profissional de todos e garantindo que os objetivos do negócio sejam alcançados.

Uma implementação bem sucedida do Open Talent apresenta inúmeros benefícios estratégicos e competitivos, permitindo à empresas de todos os tamanhos e segmentos o acesso a uma vasta gama de habilidades especializadas e promovendo a inovação constante em um ambiente de negócios dinâmico e em contínua evolução.

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