Felicidade X Positividade

26 de março de 2025 - 14h00

No ambiente corporativo, a felicidade ainda é frequentemente confundida com uma sensação constante de bem-estar ou com a simples disseminação de mensagens positivas. No entanto, a verdadeira felicidade organizacional vai muito além da positividade superficial. Trata-se de um conceito mais amplo e profundo, que envolve segurança psicológica, engajamento, propósito e um ambiente que favoreça o bem-estar de forma genuína e sustentável.

A metodologia derivada da psicologia positiva, criada por Martin Seligman e chamada de PERMA-V, se baseia em seis pilares fundamentais: alimentar emoções positivas, criar engajamento, manter relacionamentos saudáveis, ter um sentido de vida, sentir-se realizado e buscar a vitalidade por meio de hábitos como alimentação balanceada, atividade física e sono reparador. Essa estrutura nos permite sair da subjetividade e trazer um método estruturado para a felicidade corporativa.

É fundamental entender que felicidade não significa estar feliz o tempo todo. O bem-estar dentro das empresas passa pela construção de um ambiente seguro, onde os colaboradores possam expressar suas emoções, falar sobre dificuldades, ser ouvidos e buscar apoio sem receio de julgamento ou punição. Criar essa segurança psicológica permite que as pessoas se conectem de forma genuína, se sintam valorizadas e, acima de tudo, possam ser quem realmente são.

Quando a felicidade passa a ser vivida e não apenas um conceito abstrato, seu impacto se torna muito maior. Trata-se de uma jornada, e não de um destino. À medida que os colaboradores se sentem mais à vontade para serem autênticos, também conseguem liberar seu verdadeiro potencial, impactando positivamente tanto seu desempenho quanto o ambiente ao seu redor.

Nesse sentido, a felicidade corporativa não é apenas uma responsabilidade individual, é uma responsabilidade compartilhada entre colaborador e empresa. Nenhuma organização pode tornar alguém feliz, mas pode criar condições que favoreçam esse sentimento. Isso significa fomentar um ambiente mais positivo, incentivar a prática de hábitos saudáveis e fornecer ferramentas para que os colaboradores possam perceber e experienciar os benefícios dessa transformação.

O maior desafio é transferir esse conhecimento e engajar as pessoas na prática. Como a felicidade é única e pessoal, cada indivíduo precisa encontrar seu próprio caminho. No entanto, quando as pessoas enxergam os benefícios rapidamente, a motivação para continuar essa jornada aumenta consideravelmente.

Como definido por Seligman, a felicidade é um estado de bem-estar que pode ser potencializado pela positividade e otimismo. Emoções positivas, relacionamentos saudáveis e um propósito de vida são essenciais para que indivíduos e organizações prosperem.

Portanto, o caminho para a felicidade corporativa está em oferecer um espaço seguro para fortalecer as relações de confiança e de qualidade e assim promover maior colaboração, incentivar para que as pessoas encontrem sentido naquilo que fazem e para celebrarem e reconhecerem as suas realizações individuais e coletivas.

Quando a felicidade se torna parte da cultura organizacional, todos saem ganhando.