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Opinião

Já fez seu post para impulsionar Spotify hoje?

Você não é a mensagem, você é apenas o meio


3 de dezembro de 2020 - 9h52

(Crédito: Reprodução)

Dezembro é um mês com certa previsibilidade de fatos. Você sabe que vai ter Natal, Reveillón, especiais de fim de ano e a já tradicional retrospectiva do Spotify, uma ação de marketing que gera posts de forma orgânica e ainda funciona como experiência do cliente e valor agregado, que começou nesta semana.

A plataforma que antes te entregava mídia agora também te usa para entregar marketing por influência. E muita gente segue essa cartilha sem nem perceber que está entrando na dança.

A retrospectiva é um apanhado de informações particulares que indicam dados variados sobre cada usuário do Spotify e é entregue a partir da plataforma desde 2018, sempre em dezembro. É possível ver quantas horas foram gastas ouvindo podcasts, qual o artista mais ouvido pelo usuário, qual a música mais ouvida… Entre outras coisas.

A grande questão é que essa atitude simples gera muitos resultados positivos para a marca. A começar pelo fato de que é uma apresentação totalmente “instagramável”, o que faz com que os usuários levem a marca Spotify para seus posts e stories, ou seja, proporcionando engajamento e awareness gratuito. Nos dois últimos anos, no dia em que os resultados foram divulgados, era uma avalanche de posts com esses dados. E agora não está sendo diferente.

Some ainda o fato de que gera no usuário a sensação de algo que foi preparado especialmente para ele, já que cada um tem um resultado específico. Cria a falsa sensação de conhecimento, como se a equipe Spotify realmente estivesse ali olhando só para você e para suas playlists e isso gera expectativa e vínculo, ou seja, mexe com o emocional e acumula mais um acerto para a marca. Reforça os pontos do próprio aplicativo.

Com os grandes investimentos em podcasts, com direito a produtos exclusivos e uma aba especial destinada a eles, a lista que contempla o podcast mais ouvido pelo usuário e o tempo total gasto com essa mídia específica agrega ainda mais, reforçando a imagem de que a plataforma é quase como uma amiga próxima e não algo totalmente digital e fria.

A estratégia desenvolvida pela equipe do Spotify é um case de sucesso do poder de influência e eles sabem disso, seja pelo design pensado para a cada categoria ser postada nos stories, ou pelo convite discreto, ao final das listas, para que as pessoas compartilhem o resultado delas.

Ou seja, o que começa como uma lista vira conteúdo na mão do usuário, seja ele o com mais ou menos seguidores. Conteúdo é hoje uma das chaves para gerar engajamento e o Spotify oferece, em uma cartada de mestre, essa possibilidade para seus usuários. O conteúdo está pronto, agora é só postar. Facilidade, produção e marketing milimetricamente alinhados.

A influência aqui é quase disfarçada. O usuário crê estar mostrando para os seguidores seus resultados, mas na verdade ele está mostrando seus resultados na plataforma que ele usa e dessa forma o Spotify ganha uma propaganda discreta e quase imperceptível, mas que funciona muito bem, usando assim a influência não direta, mas de maneira muito eficaz.

Empresas contemporâneas sabem que o marketing bem feito impulsiona e movimenta os negócios. Influência por indução, seja ele desejada ou não, percebida ou não, gera resultados positivos.

Então fica a dica: esses resultados são mais do que um conteúdo sobre você. São também um conteúdo sobre eles.

Você não é a mensagem, você é apenas o meio.

*Crédito da foto no topo: Divulgação

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