Assinar

Linha direta

Buscar
Publicidade
Opinião

Linha direta

Como ter sócios presentes na operação impacta os negócios


18 de janeiro de 2022 - 15h01

(Crédito: Shutterstock)

Dias atrás, tive o privilégio de participar de um evento com um painel que debateu o futuro das agências. Debatiam dois reconhecidos líderes de mercado sob duas perspectivas: uma com a visão de empresa independente e brasileira e outro com a visão de uma empresa global, pertencentes a um dos maiores grupos de comunicação do mundo.

No final, o jornalista mediador fez uma provocação para que ambos defendessem as características essenciais de cada um dos negócios e, é claro, suas peculiaridades.

Acredito que pela falta de tempo, rolou uma passada de pé na bola e ninguém se aprofundou muito, basicamente, falou-se que as independentes são ágeis e autônomas, enquanto as globais entregam uma capacidade estratégica e uma estrutura ampla de execução.

Depois de passar 10 anos em agências globais, estou há mais de 5 dirigindo a operação de empresa brasileira e independente e, considerando nossa recente conquista como agência brasileira independente do ano no Festival El Ojo de Iberoamérica, vou me arriscar a dizer que esse modelo tem vantagens excepcionais para os clientes.

É claro que a decisão sobre a escolha do parceiro de comunicação é sempre muito peculiar e leva em consideração uma lista de necessidades única de cada empresa.

Mas, certamente, os atributos de ter um parceiro brasileiro e independente podem fazer toda a diferença no resultado de negócio do cliente.

Deixo aqui cinco razões para que um parceiro independente e brasileiro seja o seu parceiro de comunicação:

Sócios executivos têm compromisso com a perenidade do negócio.

Não é apenas sobre o negócio. É sobre a vida. Sócios na operação tocam a empresa como criam filhos. Buscam com todas as forças garantir que eles cresçam saudáveis, com excelência em comportamento e buscando resultados concretos em suas vidas, impactando de maneira única e positiva o ecossistema que os circunda.
Sentem orgulho quando as coisas vão bem, mas entendem que isso nunca é mérito individual. Avaliam as imperfeições como parte da construção de uma versão sempre melhorada de si próprios e são insistentes em fazer um pouco melhor, todos os dias.
Trabalham de maneira persistente e constante para adequar a empresa aos novos tempos, às inovações impostas pelas mudanças de cenários externos e, com todas as limitações existentes, se entregam de corpo e alma para manter a operação em pleno funcionamento.

Visão macro e autonomia para decisões críticas

Sócios têm ambições concretas, genuínas e benévolas sobre o negócio. Mesmo em estruturas menores, nada os impede de pensar grandiosamente e de sonhar com a construção de algo relevante dentro do segmento. Ao mesmo tempo, têm leveza e independência para tomada de decisões críticas acerca do negócios, da relação com os clientes e com os colaboradores, fazendo com que as demandas tenham muito mais dificuldade para cair no buraco negro da burocracia corporativa.

Agilidade de execução

Horizontalização da estrutura organizacional, modelos contemporâneos de gestão e comunicação softwarizada, profunda participação na execução dos trabalhos, conexão com a visão macro da empresa e dos clientes, pouca burocracia. Tudo isso gera um modelo integrado que inevitavelmente culmina em mais agilidade e, de quebra, otimização de custos.

Alinhamento constante de interesses e impacto no resultado de negócio
As marcas precisam ganhar visibilidade, gerar repercussão exclusiva e única sobre seus conteúdos, fazer diferente para criar valor para as pessoas e, obviamente, vender.
Alinhar interesses com parceiros de comunicação é essencial para que o trabalho tenha impacto concreto nos negócios. Sócios na operação são aliados dos gestores de negócios e marcas para isso. Eles têm um interesse genuíno de garantir e viabilizar os interesses da clientela, afinal, entendem que não há como dividir prosperidade com a empresa sem clientes felizes, satisfeitos e altamente engajados com a parceria.

Transparência

Como sócio do negócio e parte ativa da operação, a transparência deixa de ser uma escolha conveniente e passa a ser a única opção. É uma vantagem que vem com a segurança de quem não vive as ameaças que fazem o turnover dos executivos crescer mas, ainda assim, tem a responsabilidade de não poder ser o vendedor de uma venda só. É também o único caminho possível para firmar compromissos e trilhar relações verdadeiras e longevas com colaboradores e clientes, que precisam compartilhar a visão do todo e do norte. Quando todo mundo conhece a agenda, e sabe como e para onde queremos ir, a confiança cresce e os percalços do meio do caminho ficam, se não menores, pelo menos mais leves de se enfrentar.

Vale destacar também a atuação significativa que os sócios empenham junto a suas equipes. Se por um lado operações menores têm menos recursos para brigar com as redes globais por talentos, por outro, essa relação de trabalho e convivência mais próxima traz mais insights e condições para que os tomadores de decisão ouçam as pessoas, trabalhem lado a lado para desenvolvê-las e, como resultado, criem ambientes muito mais propensos para o único crescimento que faz sentido para desenhar um futuro promissor para a empresa: o crescimento de todo mundo que faz parte dela.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • McLuhan que o diga

    Reflexões sobre o movimento de qualificação das mensagens das marcas sob a nova arquitetura dos meios

  • Qual o futuro da IA e o papel dos executivos na era da governança e da sustentabilidade?

    As principais reflexões do Gartner IT Symposium 2024 passaram por consumo energético, deepfakes e CIOs em ação