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Mais um ano volátil à vista

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Opinião

Mais um ano volátil à vista

Com maioria da população imunizada contra a Covid-19, Brasil caminha para ano eleitoral muito polarizado com a esperança de ter superado o pior momento tanto para a pandemia quanto para a economia


22 de novembro de 2021 - 16h38

Para muitos economistas e analistas de mercado, a sensação de que “o pior já passou” pode ser um bom impulso a movimentos de recuperação e alta na confiança das pessoas. Embora com perspectivas de baixo crescimento econômico, o Brasil caminha para o fim de 2021 com 60% da população totalmente vacinada contra a Covid-19. O engajamento das pessoas na campanha de imunização nutre esperanças de abertura plena em 2022, por mais que persista o risco de novas ondas da pandemia.

Anos voláteis após a COVID-19 (Crédito: MF3d/ iStock)

Não bastasse o cenário anuviado, quem estica o pescoço para enxergar 2022 vê no horizonte um ano eleitoral muito polarizado, que complica ainda mais a vida de quem precisa antever investimentos para o futuro e definir agora orçamentos para o próximo exercício. Não por acaso, Meio & Mensagem publica em novembro o projeto especial Caminhos do Crescimento, com o propósito de oferecer análises e
projeções ao planejamento de negócios das empresas, com reportagens e entrevistas que tratam dos impactos da economia nas mudanças do mercado de trabalho e nas transformações pelas quais passam as marcas, a comunicação, o marketing e a mídia.

Em 2019, o projeto abordou os passos recomendados para o crescimento das empresas, os mitos que eles têm derrubado e como agências e CMOs podem ser protagonistas nesse processo. No ano passado, o foco foi a necessidade de vislumbrar múltiplos cenários para maximizar ganhos e minimizar perdas em setores que sentiram de maneira desigual os efeitos da pandemia. Na versão de 2021, que
estreia nesta edição, a reportagem de Meio & Mensagem recorreu aos economistas-chefes de duas das maiores instituições financeiras atuantes no País para debater os aspectos macroeconômicos que desafiam as empresas:  Ana Paula Vescovi, do Santander, e Fernando Honorato Barbosa, do Bradesco.

Na entrevista das páginas 40 e 42, Fernando projeta rumos possíveis para se navegar no mar de volatilidade e recomenda buscar oportunidades, com postura de cautela. Ele critica a mudança no teto de gastos do governo, que classifica como “oportunista” e o faz temer pela credibilidade das contas públicas no longo prazo. Por outro lado, acredita que o País já atingiu o “pico do pior momento” e ancora otimismo com o futuro no desempenho positivo do setor agrícola e no crescimento da renda dos brasileiros, impulsionado por reajustes salariais, pelo Auxílio Brasil e pela ampliação do emprego formal.

Já Ana Paula Vescovi estreia nesta semana, no IGTV do Instagram, a apresentação em vídeos do projeto Caminhos do Crescimento. Ela analisa a piora nas condições financeiras do País, que caracteriza como “muito preocupante”, e alerta quem está planejando 2022 agora sobre o perigo de “errar cenários” por percepções enganadas sobre o que ocorre no ambiente econômico. Apesar do risco político institucional, considera que o quadro eleitoral acirrado pode levar o País a uma “coalizão maior”, que seja capaz de viabilizar as reformas que o Brasil precisa, materializada em um novo governo, com base de apoio mais sólida e agenda econômica mais clara.

Na semana que vem, a série em vídeos se completa com a palavra de CMOs de anunciantes atuantes nos segmentos alimentício, automotivo e e-commerce. Já a sequência do especial, na edição semanal do dia 22, trará análises sobre ações internas das empresas que podem ajudá-las a impulsionar os negócios com sustentabilidade a longo prazo, como as premissas da agenda ESG, a diversidade nas equipes e a digitalização de processos, produtos e serviços.

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