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Marketing 2021: Conhecimento, digitalização, jornadas não-lineares

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Opinião

Marketing 2021: Conhecimento, digitalização, jornadas não-lineares

Conhecer os hábitos do seu consumidor se torna imperativo


2 de fevereiro de 2021 - 14h00

(Crédito: Bagira22/iStock)

Olhando para as mudanças que 2020 nos apresentou, fazer previsões para um novo ano parece uma tarefa aparentemente impossível. No entanto, é possível identificar e analisar tendências e, principalmente, buscar a adaptação e a melhoria. No texto a seguir, trago reflexões sobre alguns movimentos que vão influenciar a forma de atuação dos profissionais de marketing neste ano.

O otimismo da retomada foi envolto na névoa de uma segunda onda da pandemia, e as decisões de departamentos de marketing têm-se assemelhado a outros temas de negócio frequentemente discutidos, como uma possível volta aos escritórios. Tudo tem sido feito de uma forma mais cautelosa e tímida, processos de decisão e compra são mais longos, e isso deve continuar.

Traduzindo estes movimentos para o meu universo, que é o espaço B2B, tudo está sendo repensado. Por exemplo: era comum fazer um webinar, que um potencial cliente assistiria e, posteriormente, seria convidado para um evento sobre o mesmo tema. Ou seja, havia a interação presencial. Tudo isso morreu.

Neste contexto das jornadas de compra reinventadas depois da Covid-19, conhecer os hábitos do seu consumidor se torna imperativo, bem como a automação de marketing, que tem um papel muito mais preponderante do que sempre teve, exatamente por conta das jornadas não-lineares.

Com esse pano de fundo em mente, cito três áreas de foco para o marketing em 2021:

1. Desenvolver conhecimento sobre o cliente

O primeiro movimento importante e estratégico em que as empresas devem focar é na antecipação de necessidades do cliente em projetos e propostas. Aqui, informação é chave para entender o cenário de quem se atende, as dores atuais de indústrias em um cenário em constante mudança e adaptação, desafios que podem ter sido trazidos pela pandemia. O objetivo tem que ser entender como, em nossas funções, podemos ajudar esses clientes a vender.

2. Entender a jornada de digitalização da organização

Para desenvolver ações de marketing, será cada vez mais crítico entender como a empresa em questão se situa em seu processo de transformação ou evolução digital, e os desdobramentos disso em sua cadeia de supply chain. Entre estes desafios, podemos incluir processos de manufatura, de atendimento e de retenção do cliente.

3. Usar o poder das jornadas não-lineares

Se no passado tínhamos funis de marketing muito bem definidos em que o potencial cliente se encaixava em um dos diversos pontos do processo de decisão, isso tudo mudou. Com os processos tradicionais tendo virado de ponta-cabeça, clientes buscam não só a ominicanalidade, mas também jornadas não-lineares para buscar produtos.

Para conseguir navegar nesta realidade, é essencial usar as melhores tecnologias e ferramentas para auxiliar o processo. Porém, o foco em automação e trazer para o âmbito digital muitas das coisas que aconteciam no marketing do ambiente físico não significa uma robotização da nossa essência.

O conceito de marketing H2H, ou seja, de humanos para humanos, é mais importante do que nunca. Existem muitas marcas fazendo isso de forma magistral, como Red Bull, Nike, Adidas, Adobe, e veremos mais companhias se esforçando para fazer algo parecido. A comunicação que realmente toca pessoas — e não uma massa de clientes, desconsiderando suas peculiaridades, saberes e demandas individuais e diversas — é um caminho sem volta.

**Crédito da imagem no topo: Piranka/iStock

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