Negar o futuro não é uma opção
A era das tecnologias disruptivas e o papel indispensável da TV
A era das tecnologias disruptivas e o papel indispensável da TV
Vi a televisão se popularizar, a internet revolucionar os meios de comunicação e nosso modo de vida, a internet das coisas (IoT) nos inundar de informações e, agora, a inteligência artificial generativa, a bola da vez nos nossos processos de adaptação.
Negar tecnologias emergentes e suas capacidades de disrupção nem de longe é uma opção. Elas moldam os caminhos não apenas dos mercados, mas da humanidade como um todo, e dita se o papel que teremos é de meros espectadores ou líderes de vanguarda.
Até aqui, as tecnologias têm sido grandes aliadas nas tarefas de aumentar a eficiência operacional; identificar padrões e tendências; melhorar nossa tomada de decisão; oferecer experiências personalizadas e aprimoradas para os clientes e parceiros; provocar maior satisfação e fidelidade dos consumidores e agilizar nossa adaptação ao mercado. Elas trabalham com informações concretas e não com suposições e achismos. Não são intuitivas, mas assertivas. Representam um pilar fundamental na tomada de decisões estratégicas.
A TV está sabendo, apesar dessa gama de tecnologia disruptiva que está no ar, trabalhar com essa tecnologia como sua aliada e a prova maior disso é o fato de ainda liderar com folga os investimentos publicitários. Estudo da Nielsen, líder mundial em dados e análises de audiência, publicado recentemente nos Estados Unidos, indicou que o público norte-americano pode acessar mais de 30 mil canais lineares e mais de 90 fontes de streaming. Essa riqueza de opções no último ano cresceu ainda mais com a TV Conectada (CTV), já responsável por um terço do uso total da TV nos EUA.
Ao mesmo tempo, aqui no Brasil, o Cenp-Meios apontou que esse segmento teve, este ano, o primeiro trimestre de crescimento além do esperado, movimentando mais de R$ 10 bilhões em compra de mídia, com a TV aberta liderando esses investimentos com 39,5% do total, o que representou mais de R$ 4 bilhões.
Os números continuam muito expressivos para o lado da TV como poderoso instrumento de mídia, mas aqui cabe ainda outra indagação: do que estamos falando exatamente quando dizemos “televisão”? O conceito antigo, que vinculava a palavra a um equipamento eletrônico, está caindo por terra. Hoje, quando falamos de TV, abordamos muito mais um formato de conteúdo do que a plataforma por onde ele é transmitido. Os canais de TV são acessados em celulares, computadores, tablets e, óbvio, por aparelhos de televisão cada vez mais modernos e interativos.
Está claro que há uma maior riqueza e variedade de opções para o consumidor e que novas estratégias precisam ser utilizadas para o planejamento de mídia, mas a TV, ao invés de perder espaço com a expansão de ofertas trazidas pela internet, adaptou-se e garantiu o seu lugar de estrela também neste cenário. Por hora, é o único meio onipresente em todas as telas. Ela está onde o público consumidor está.
Como profissionais de mídia e de TV, temos cada vez mais a obrigação de entender e esmiuçar cada uma dessas tecnologias e de suas novas formas de criar conteúdos, e saber analisar e aproveitar, sem censuras prévias, os novos caminhos que elas nos possibilitam. Vamos acertar e errar, porém, é preciso primordialmente experimentar. Temos que entender que o grande desafio está nas nossas mãos e é buscar por um equilíbrio entre o que já existe no mercado e os benefícios que podemos obter com o novo.
A inovação é fator-chave para impulsionar a vantagem competitiva e necessita de uma boa dose de proatividade de todos nós para melhor identificarmos as falhas, os gargalos e as dificuldades que temos e que vão do conteúdo e da abordagem aos planos de ação. O que não resta a menor dúvida é que essas tecnologias emergentes podem nos trazer novas e interessantes soluções.
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