Negócios conscientes: como a comunicação pode contribuir para práticas de ESG
Neste mês, pauta estará em voga por conta da Cop-27, no Egito, mas a jornada ESG não deve ser feita por conveniência e sim por essência
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Estamos nos aproximando da 27ª Conferência da ONU (COP-27), evento em que representantes estatais de diversos países e empresas vão debater e assumir compromissos em relação às mudanças climáticas. Em paralelo ao que vai ser debatido entre os dias 6 e 18 de novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito, precisamos agir na direção de orientar e inspirar negócios conscientes. Nesse sentido, a comunicação pode ser uma ferramenta determinante para atingir as melhores práticas de ESG (sigla para Environmental, Social, and Governance, no inglês, e para Ambiental, Social e Governança, no português).
O que é importante reforçar é que essa jornada não deve ser por conveniência, mas sim por essência. Primeiramente, é preciso pontuar que um negócio consciente é resultado da intersecção de um propósito maior, cultura consciente, liderança consciente e orientação para os stakeholders. Para saber se estamos no caminho correto para chegar nele, podemos usar três questões norte: “Por quê? Como? O quê?”.
O “Por quê?” auxilia a pensar sobre o propósito da empresa, afinal, “porque a empresa existe?”. O “como” ajuda a refletir sobre a visão estratégica, “como a empresa gera lucro?”, “quais caminhos a empresa vai seguir?”. Por fim, “o quê” é o caminho para entender sobre o impacto social, materializado ao identificar a geração de valor compartilhado pelo negócio, os produtos especiais e projetos sociais.
Aliado a isso, reforçamos a necessidade de implementar ESG na prática cotidiana das empresas. Considerando a perspectiva Ambiental, que pensa a emissão de gases de efeito estufa (GEE), fontes de energia, compensação de carbono, gestão de resíduos, entre outros, a comunicação pode contribuir na divulgação de dados sobre cumprimento da lei de política de resíduos sólidos, elaboração de projetos ligados a compensação de carbono e reflorestamento, projetos de reciclagem e economia circular, por exemplo.
Por sua vez, para implementar políticas de diversidade, equidade, inclusão, educação corporativa, bem-estar físico e emocional, questões do Social, a comunicação pode ser útil em campanhas internas ativas, cursos, mentorias, parcerias com instituições de ensino, atendimento via telemedicina, entre outros.
Por último, a Governança que busca ética, transparência, segurança de dados, prestação de contas, via comunicação é possível construí-la por meio de relatórios de sustentabilidade e resultados, números públicos, canais de informações, conselhos formados com diversidade e equidade e canais de denúncias e ouvidoria, por exemplo.
Não adianta parecer ESG, precisa ser ESG
De acordo com levantamento do Google Trends, a busca pela sigla ESG cresceu 1.200% nos últimos dois anos no Brasil. Para que de fato se construa um negócio consciente, é preciso que as premissas sejam levadas para a essência dos negócios, assim, a construção interna de estruturas conscientes vai reverberar externamente em impacto social.
Uma vez parte da essência da empresa, a comunicação é a ferramenta para a construção estratégica da narrativa da marca, que deve estar alinhada ao seu propósito. Desde que alinhadas com as estratégias do negócio, as agências de relações públicas e assessoria de imprensa podem auxiliar a amplificar essas narrativas. E, por fim, reforço a importância de porta-vozes e lideranças com argumentos sólidos, que geram influência e impacto social com as melhores práticas implementadas em seus negócios.
Assim, a partir de novembro, temos a importante missão de acompanhar o que será debatido sobre a implementação do mercado regulado de créditos de carbono e seus desdobramentos e, via comunicação, executar as melhores ações orientadas para construir negócios essencialmente conscientes.
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