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Opinião

Nova corrida de IA nos dispositivos móveis

Competição entre as empresas do segmento por pioneirismo ficou mais acirrada


14 de novembro de 2024 - 6h00

Na corrida pela IA nos dispositivos móveis, os primeiros a lançar a ferramenta têm mais vantagem. Mas será que sair na frente significa obter bons resultados? Estamos apenas no início desse movimento de incorporação da inteligência artificial nos celulares. Os principais focos são a integração com os aplicativos mais usados em cada mercado. Para isso, é necessário que a integração ocorra de maneira eficaz, havendo suporte a um grande número de linguagens, as quais atenderão várias regiões do mundo.

Neste momento, não conseguimos afirmar como funcionará essa dinâmica. Ainda não há soluções para a atual conjuntura. Quem conseguir disponibilizar essa integração a um maior número de usuários vai ter vantagem sobre os concorrentes, porque avaliará os problemas e pontos de melhorias. Está dada a largada para a corrida entre os que protagonizam esse cenário; a linha de chegada são os clientes mais satisfeitos com as melhorias.

A partir disso, um dos focos será lançar atualizações conforme a experiência do cliente. Tais mudanças, de fato, podem ser úteis para o consumidor. Observamos uma evolução nas funcionalidades existentes que estão ficando mais simples e intuitivas.

A usabilidade dá destaque para a tradução em tempo real, edição de fotos e vídeos – retirando ou alterando itens –, pesquisas de forma mais inteligente, resumos e revisões de textos e e-mails e assistentes mais eficientes.

A IA já está disponível nos aparelhos móveis, principalmente, quanto à edição de imagens e vídeos, que faz parte da cultura dos nossos tempos e é cada vez mais acessada por jovens e adultos. Hoje, já é possível perguntar para a ferramenta uma dúvida em vez de utilizar algum site de pesquisa, obtendo resultados mais detalhados.

Há neste processo uma evolução natural. Aos poucos, o usuário atribuirá valor à prática, entendendo como funciona todo o mecanismo da IA e de forma mais clara, desmistificando padrões tradicionais. Com o tempo, as empresas vão adicionando IA em mais aplicativos e fazendo a divulgação.

Mas, afinal, como escolher um equipamento que dê essa assistência? Quais ponderações são mais relevantes no momento da compra? A recomendação é analisar como a fabricante está se posicionando no presente. Deve ser observado se ela já a tem implementada nos seus aparelhos premiums, que são os primeiros a recebê-la.

O planejamento da empresa que oferece esse produto interfere na atualização dos dispositivos. Desta maneira, o suporte de IA terá o objetivo de ter ou saber que o produto, no futuro, suportará a tecnologia.

A competição entre as empresas pelo pioneirismo

A Samsung foi a primeira a chegar ao mercado com a proposta que disponibiliza IA para o público. Na verdade, foi a família da geração mais nova, S24, que veio de fábrica com o Galaxy AI; a geração S23 teve atualização no primeiro trimestre deste ano.

O Iphone 16, da Apple, depois do anúncio do novo produto, atrasou para disponibilizar a ferramenta. Na minha visão, a implementação tecnológica é complexa. Devido à pressão pelo “atraso” contra o principal concorrente, foi feito o anúncio sem estar 100% operacional e funcionando em algumas regiões.

Existe uma diferença de perfil econômico dos clientes da Apple com a Samsung. Com a evolução do Apple Intelligence, a Apple deve tirar a percepção do setor de estar “atrasada” e com isso gerar uma nova demanda.

Agora, de forma nativa, as fabricantes estão entregando o que melhora a experiência dos usuários, principalmente, a dos mais leigos. Quanto aos cuidados com as imagens registradas pelo aparelho, é necessário ter cautela ao fazer edições para deixá-las mais atraentes, sem alterá-las.

Por fim, espera-se que a IA em celulares se torne ainda mais integrada à vida cotidiana dos usuários, oferecendo automação avançada de tarefas rotineiras e interações mais naturais por meio de comandos de voz. No entanto, é importante considerar os desafios éticos e regulatórios associados ao uso crescente da IA em celulares, garantindo que os dados dos usuários sejam protegidos e que a tecnologia seja utilizada para o benefício da sociedade como um todo.

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