O balde de água fria nas oportunidades da Remessa Conforme

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Opinião

O balde de água fria nas oportunidades da Remessa Conforme

Nesse oceano ainda azul de oportunidades, a Shopee está surfando a onda e incentivando o empreendedorismo local e a economia circular


16 de agosto de 2023 - 14h00

Desde o dia 1º de agosto, uma novidade está movimentando o varejo: é o Remessa Conforme, um plano da Receita Federal voltado para empresas de comércio eletrônico, mas na tarde de quarta-feira, a esperança para a mudança de um mercado on-line teve um balde de água fria, com o anúncio do Ministério da Fazenda sobre acabar definitivamente com a isenção da alíquota de importação para compras até 50 dólares feitas em sites de vendas.

O que essa mudança significaria e o que tem a ver com o nosso mundo de publicidade, criação e marcas?

Bem, ele eliminaria completamente as taxas de importação para compras de até US$50, quando a loja faz a adesão ao programa. E quem iria aderir? Os marketplaces preferidos dos moradores das favelas brasileiras e de todo o Brasil: Shopee, Mercado Livre e Shein.

Essa nova política representaria um salto significativo para o comércio eletrônico. Lojistas, empreendedores, marcas e produtos agora têm a chance de estarem ainda mais perto dos consumidores.

O que isso tudo tem a ver com o comportamento e hábitos de consumo das comunidades, especialmente, nas categorias de roupas e calçados, perfumes, cosméticos e higiene pessoal?

É só vermos os big numbers para entendermos o tamanho desse mercado latente na periferia. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

  • Mais de R$3,6 bilhões é o poder de consumo com itens de higiene pessoal,
  • Mais de R$2,1 bilhões para perfumes,
  • Mais de R$876,9 milhões para cabelos,
  • E mais de R$438,4 milhões para sabonetes.

Importante ressaltar aqui sobre quando falamos em números de potencial/poder de consumo. Não é sobre o quanto as pessoas vão consumir em valor total, mas sim, o quanto elas podem e têm liberdade de comprar através de limite de crédito e condições mercadológicas. Afinal, para o potencial de consumo ser gasto, o mercado precisa apresentar condições favoráveis para a comunidade.

E não é só isso, temos mais uma curiosidade sobre o Brasil Real: entre os produtos mais comprados nos aplicativos favoritos da favela – Shopee, Mercado Livre e Shein – estão perfumes, cosméticos e cuidados pessoais, que abocanham 30% de tudo que é comercializado nessas plataformas multiprodutos.

Nesse oceano ainda azul de oportunidades, a Shopee está surfando a onda e incentivando o empreendedorismo local e a economia circular. Através do programa de afiliados, a empresa está atraindo um exército de creators que produzem conteúdos com dicas valiosas sobre bem-estar, beleza, moda etc, e assim impulsionam a comercialização e o consumo nesses locais – usando, links personalizados, recebe comissão pelas vendas, deixando parte do que foi investido na própria comunidade.

Mas o governo tem um papel fundamental para que os negócios digitais tenham essa liberdade de impulsionar suas vendas e voltaram atrás com a novidade de finalmente regulamentarem as compras pela internet – o modelo preferido dos moradores das favelas.

Continuaremos atentos e quem sabe conseguimos que marcas, creators empreendedores e a economia nas comunidades mergulhem mais fundo nas oportunidades trazidas pela era digital através de uma oportunidade de formalização das compras on-line.

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